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Deutsche Bank aumenta capital a partir de terça-feira

O maior banco alemão vai emitir 687,5 milhões de novas acções a 11,65 euros por papel, valor que representa um desconto de 35,05% em relação ao preço de fecho de sessão de sexta-feira.

reuters
19 de Março de 2017 às 17:34
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O aumento de capital do Deutsche Bank vai arrancar esta terça-feira, 21 de Março, com o banco alemão a reforçar-se em 8 mil milhões de euros para melhorar a sua situação financeira depois de dois anos consecutivos de prejuízos e sustentar o crescimento que permita à instituição regressar a lucros já este ano. 

De acordo com um comunicado emitido este domingo pela instituição, serão emitidas 687,5 milhões de novas acções, com o valor unitário de 11,65 euros, um valor que representa um desconto de 35,05% face aos 17,83 euros a que os títulos do banco encerraram a sessão de sexta-feira passada. 

Por cada duas acções que detenham, os actuais accionistas vão ter a opção de comprar um dos novos títulos associados ao aumento de capital. Os novos títulos darão direito a dividendo tal como os anteriores.

O aumento de capital vai prolongar-se por duas semanas, com os direitos de subscrição a negociarem até 4 de Abril, e será, de acordo com a Bloomberg, o quarto reforço nos últimos sete anos que a entidade leva a cabo.

"O ambiente para a venda de acções é quase perfeito dada a expectativa de taxas de juro mais elevadas e de mercados accionistas activos," disse àquela agência noticiosa o analista Ingo Frommen, da LBBW.

A operação será levada a cabo por um sindicato de 30 bancos, incluindo o Credit Suisse, o Barclays, o Goldman Sachs, o BNP Paribas ou o Morgan Stanley, que venderão as acções na Alemanha, Reino Unido e EUA.

Além da venda de novas acções, a instituição vai alienar uma posição minoritária no seu negócio de gestão de activos - que gere 774 mil milhões de euros - através de uma oferta pública inicial (IPO na sigla em inglês) ao longo dos próximos dois anos, permitindo encaixar pelo menos mais dois mil milhões de euros.

O banco pondera ainda vender operações de retalho em mercados europeus como Espanha e na Índia, refere a Bloomberg.

As dificuldades do banco alemão acentuaram-se em Setembro passado, quando as autoridades norte-americanas pediam o pagamento de 14 mil milhões de dólares para pôr fim a um processo judicial relacionado com títulos hipotecários, um valor que acabou por ser reduzido em Dezembro.  

Em Agosto do ano passado o Goldman Sachs detectou necessidades de capital de 2.000 milhões de euros no banco. Em Outubro, a instituição levantou cerca de quatro mil milhões de euros em vendas privadas de dívida. Em Junho de 2014, o banco tinha feito um aumento de capital de 8,5 mil milhões de euros.

Em 2015 o banco encerrou o ano com prejuízos de 6,8 mil milhões de euros - os primeiros resultados negativos anuais desde 2008 - e com perdas de 1,4 mil milhões no ano passado.
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