O Deutsche Bank, que cortou bónus pelo segundo ano consecutivo, está a perder vários quadros de topo como resultado da estratégia, segundo adiantou a Bloomberg. Pelo menos três executivos, Kevin Burke, Neil Hosie e Patrick Kelly saíram da unidade do banco na Ásia. Holger Knittel aceitou um novo cargo na casa-mãe do banco em Frankfurt.

O banco liquidou valores de compensações deferidas no mês passado, depois de em Janeiro ter cortado bónus ou mesmo eliminado em alguns casos, numa altura em que o CEO John Cryan tenta limpar a imagem do banco, que foi obrigado a pagar multas avultadas por acusações de conduta duvidosa.

As questões em torno da compensação podem complicar a retenção de talento no banco, segundo fontes próximas contactadas pela Blommberg. E o ritmo de saídas pode estar a aumentar.

O Deutsche Bank está no meio de um processo de mudança profunda, o segundo em dois anos, para integrar negócios. O corte de bónus deste ano foi o maior na história recente do banco e veio depois de dois anos seguidos de perdas para a instituição. O Deutsche Bank tem implementado um programa de retenção do funcionários chave para o seu funcionamento, avaliado em mais de mil milhões de euros para cerca de cinco mil pessoas por um período de cerca de seis anos.

Uma sondagem pela eFinancialCareers no Reino Unido chegou à conclusão que o Deutsche Bank caiu sete posições na lista dos empregadores mais populares do sector.

O banco tem em curso um aumento de capital de 8.000 milhões de euros, terminando esta quinta-feira o perído de negociação dos direitos de subscrição de novas acções.