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Lucros do Deutsche Bank mais do que duplicam no primeiro trimestre
O maior banco europeu registou lucros de 571 milhões de euros entre Janeiro e Março, um período em que realizou menos provisões para processos legais. Os resultados superaram as estimativas dos analistas.
O Deutsche Bank fechou o primeiro trimestre deste ano com lucros de 571 milhões de euros, mais do dobro do resultado líquido registado no mesmo período do ano passado (214 milhões de euros).
Os números conhecidos esta quinta-feira, 27 de Abril, superam as estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg que esperavam que o maior banco europeu encerrasse o trimestre com lucros de 475 milhões de euros. As contas do banco foram impulsionadas pela queda das provisões para processos legais.
Ainda assim, as receitas de negociação de obrigações e divisas, a sua maior fonte de rendimento, aumentaram 11% face ao período homólogo, menos de metade do crescimento médio de 24% reportado pelos cinco maiores bancos de investimento dos Estados Unidos.
"Os investidores estão focados na receita de negociação dado o bom desempenho dos bancos dos Estados Unidos nessa área", sublinhou o analista Markus Riesselmann, citado pela agência noticiosa.
John Cryan, CEO do Deutsche Bank, prometeu um regresso "ao crescimento controlado" depois das pesadas multas a que o banco foi sujeito terem penalizado fortemente as contas da instituição e levado à realização de um aumento de capital de 8 mil milhões de euros, uma operação concluída com sucesso no início deste mês.
Recorde-se que no final do ano passado, o Deutsche Bank e as autoridades norte-americanas chegaram a acordo para fechar um processo ligado aos créditos imobiliários de baixa qualidade.
Depois da coima inicialmente apresentada, de 14 mil milhões de euros, as duas partes chegaram a um entendimento para fixar a penalização em 7,2 mil milhões de euros: uma multa civil de 3,1 mil milhões de dólares e 4,1 mil milhões de dólares em compensações aos consumidores.
A instituição financeira alemã reconheceu no acordo que apresentou de forma falsa aos investidores as características dos títulos, que vendeu entre 2006 e 2007, garantidos pelas hipotecas.