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Costa: Salários na CGD "podem ser muito impopulares, mas não arrisco a má gestão"

O primeiro-ministro reconheceu que "pode ser muito impopular o vencimento" dos gestores da Caixa, mas afirmou que não arrisca a má gestão na CGD "porque a estabilidade e o fortalecimento da CGD deu muito trabalho a conseguir".

Miguel Baltazar/Negócios
20 de Outubro de 2016 às 00:18
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O primeiro-ministro admitiu, esta noite, que o nível dos salários da nova administração da Caixa Geral de Depósitos pode ser "muito impopular", mas defende que só assim é possível o banco público ter uma gestão "capaz, competente e profissional".

 

Depois das críticas do Presidente da República aos salários dos novos administradores da Caixa Geral de Depósitos, António Costa veio dizer, esta noite, que só é possível ter uma Caixa Geral de Depósitos "profissionalmente gerida, com capacidade técnica e independência" se se oferecer "aos gestores da CGD as mesmas condições que têm os gestores dos outros bancos". Se não, "estamos a ter um banco nosso a concorrer no mercado em condições inferiores às dos outros bancos".

 

Costa abordou o polémico tema durante uma sessão de esclarecimento sobre o Orçamento do Estado para 2017, que decorreu esta noite no teatro São Luiz, em Lisboa. O primeiro-ministro respondia à pergunta de uma idosa, que estava na plateia, e que qualificou de "uma vergonha" o salário de 423 mil euros anuais do presidente da CGD, António Domingues. "Não sei como é possível uma pessoa ganhar este dinheiro", acrescentou a idosa. Quando ouviu o termo "uma vergonha", Costa esbugalhou os olhos, surpreso com o termo.

 

Na resposta, António Costa realçou que a CGD "concorre no mercado com todos os outros bancos, e tem de trabalhar num mercado em que trabalham os outros bancos". Por isso, "não é possível que a CGD tenha o ordenado alinhado pelo vencimento do primeiro-ministro e não pelo quadro normal da banca".

 

"Com toda a franqueza, pode ser muito impopular o vencimento [dos gestores da Caixa], mas não arrisco a má gestão na CGD, porque a estabilidade e o fortalecimento da CGD deu muito trabalho a conseguir", defendeu. "O que eu quero é uma gestão capaz, competente e profissional na CGD".

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