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Jerónimo de Sousa condena salários da CGD e defende moratória para serviço da dívida

O secretário-geral do PCP condenou o valor dos salários dos administradores da Caixa Geral de Depósitos (CGD), contestando o argumento do primeiro-ministro, e defendeu que devia haver uma moratória para o serviço da dívida.

Bruno Simão
20 de Outubro de 2016 às 18:34
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Jerónimo de Sousa transmitiu estas posições aos jornalistas no final de uma audiência no Palácio de Belém, convocada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre o Orçamento do Estado para 2017 e a situação política nacional.

No que respeita à dívida, o secretário-geral do PCP invocou "o princípio da manta curta", declarando: "Obviamente, se temos de pagar centenas de milhões de euros para pagar só o serviço da dívida - e estou a falar por mês - depois faltará nalgum lado".

"E esta vai ser a grande questão, esta contradição vai ser colocada mais cedo que tarde", defendeu, acrescentando: "Renegociar a dívida, particularmente uma moratória em relação ao serviço da dívida creio que se justificava plenamente".

Quanto à CGD, segundo Jerónimo de Sousa, "o elevado nível do vencimento que é proposto" - 423 mil euros anuais para o novo presidente do conselho de administração, António Domingues, - "não é compreendido" pelo povo português.

"Pode-se dizer que é uma visão simplista, mas que toca fundo a quem vive com tantas dificuldades, tendo em conta os montantes que são publicamente conhecidos", considerou.

Confrontado com a afirmação do primeiro-ministro, António Costa, de que não arrisca "a má gestão na CGD", o secretário-geral do PCP contestou esse argumento.

"Se os vencimentos definissem o grau de qualificação e elevação profissional, obviamente nós tínhamos centenas de milhares de trabalhadores que teriam de ver os seus salários revistos e recompensados. Não pode ser critério decisivo", contrapôs.
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