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CGD lucra 68 milhões de euros no primeiro trimestre
A CGD registou um resultado líquido de 68 milhões de euros no primeiro trimestre do ano. No ano passado, o banco público tinha registado um prejuízo de 39 milhões de euros.
A Caixa Geral de Depósitos fechou o primeiro trimestre do ano com um lucro de 68 milhões de euros, o que compara com um prejuízo de 39 milhões de euros registados no primeiro trimestre de 2017.
A margem financeira do banco presidido por Paulo Macedo deslizou 1,1% para 295,3 milhões de euros. A CGD justifica a evolução com efeitos cambiais, nomeadamente Angola e Macau.
A instituição financeira conseguiu mais 9% em comissões, que se fixaram em 116 milhões de euros, beneficiando sobretudo da subida em Portugal.
Nos resultados de operações financeiras, que deram um grande impulso nas contas de 2017 por conta de "swaps" de cobertura de taxa de risco, sentiram um deslize de 65% para 28 milhões. "Têm uma comparação desfavorável com trimestre homólogo", justificou José de Brito, o responsável pelas finanças da CGD.
Na soma de todos estes indicadores, o produto bancário deslizou 5% para 434 milhões de euros.
Já os custos de estrutura diminuíram-se em 9% para 297,5 milhões de euros no primeiro trimestre. Os custos com pessoal descem 8% e os gastos gerais reduziram 13%. O valor do trimestre inclui já 58 milhões de euros que estavam já constituídos desde o ano passado como provisão para reestruturação.
O resultado de exploração do banco subiu 5% para 136,3 milhões de euros, resultado de uma quebra dos custos superior à descida do produto bancário.
Contudo, o lucro tem um aumento muito mais expressivo com a ajuda das provisões. "As provisões e imparidades atingiram no período 12,6 milhões de euros, valor que compara com 108,3 milhões de euros registadas em Março de 2017, este último valor fortemente impactado pela constituição de provisões relativas a alienação de actividades internacionais", justifica a instituição pública.
Depósitos afundam 7%
O crédito malparado representa 11,4% do crédito total concedido pela instituição financeira, com uma cobertura de 60,1%. A cobertura, em Março de 2017, estava em 53%, e o rácio era de 15,3%.
Em relação ao balanço, o crédito a clientes bruto cedeu, em termos homólogos, 8,7% para 58.150 milhões de euros. Em Portugal, a CGD perdeu 14% do crédito a empresas, 13% no sector público e 4,6% nos particulares.
Nos depósitos, houve uma quebra de 7,4% dos depósitos de clientes, com uma perda de 4% na actividade doméstica e de 22% na actividade internacional, onde está a proceder à venda de unidades como em Espanha e África do Sul, e tendo encerrado também unidades "offshore".
O rácio de capital CET 1 situou-se em 13,6%, face a 14% de Dezembro, que o banco explica dever-se, em parte, à implementação de nova norma contabilística (IFRS9).
(Notícia actualizada, pela última vez, às 18:48 com mais informação)