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Moody’s: Lucro da CGD confirma progresso favorável do plano estratégico

O lucro de 68 milhões de euros alcançado pela Caixa Geral de Depósitos no primeiro trimestre é para a agência Moody's a confirmação de que o plano estratégico em curso até 2020 está a produzir bons resultados.

Miguel Baltazar
David Santiago dsantiago@negocios.pt 14 de Maio de 2018 às 18:03

Os resultados obtidos pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) no primeiro trimestre (lucro de 68 milhões de euros) confirmam o "progresso gradual" da instituição no âmbito do plano estratégico até 2020, escreve a agência de notação financeira Moody's numa análise a que o Negócios teve acesso. 

De uma forma geral, a Moody’s considera que os resultados favoráveis da instituição liderada por Paulo Macedo beneficiaram dos custos reduzidos relacionados com créditos de risco e da diminuição de imparidades. A agência destaca a redução do rácio de "non-performing loans" (crédito malparado) de 12%, no quarto trimestre de 2017, para 11,4% nos primeiros três meses deste ano. Já as provisões para os NPL melhoraram ainda mais, de 56,7% para 60,1%, realça a análise. 

Desta forma, a Moody's acredita que a CGD está no caminho certo para atingir a meta de um rácio de NPL inferior a 10% no final de 2018, o que é "uma melhoria considerável face ao pico de 17,7% atingido em 2016". No entanto e apesar dos elogios, a agência norte-americana recorda que "apesar da tendência positiva, o rácio de NPL da CGD continua a comparar de forma desfavorável com a média europeia". "Acreditamos que [o nível de malparado] vai continuar a representar um constrangimento chave para o perfil de crédito do banco", prossegue a Moody's. 

A agência de notação financeira sublinha também a melhoria da rentabilidade, que recupera de níveis muito fracos, esperando-se um contínuo progresso favorável à medida que continuar a ser aplicado o plano estratégico do banco público. A melhoria de rentabilidade face ao pequeno lucro alcançado em 2017 aconteceu apesar dos "desafios" que a CGD continua a enfrentar ao nível das receitas operacionais, designadamente as baixas taxas de juro e pela reduzida actividade empresarial, factores que a Moody’s considera que irão manter a rendibilidade do banco público em "níveis modestos" nos anos vindouros.

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