Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

CGD apresenta lucros de 194 milhões de euros

Em vez de prejuízos de 50 milhões de euros que apresentou no primeiro semestre de 2017, a Caixa conseguiu lucros no mesmo período deste ano.

27 de Julho de 2018 às 16:48
  • 22
  • ...

A Caixa Geral de Depósitos reportou lucros de nos primeiros seis meses do ano. O resultado líquido atingiu os 194 milhões de euros, anunciou o banco do Estado em comunicado à CMVM

 

No primeiro semestre do ano passado, a CGD estava ainda em terreno negativo, apresentando prejuízos de 50 milhões de euros. 

A justificação para a melhoria das contas no primeiro semestre deve-se, sobretudo, à redução das provisões e imparidades, que afundaram 88,5% para 44,8 milhões de euros.

 

Houve, contudo, um agravamento para mais do dobro das imparidades para crédito (subiram para 113 milhões), que foi compensado pelo recuo das provisões e imparidades para os outros activos (como fundos de reestruturação), que passou de 343 milhões positivos para 68,2 milhões negativos.

 

Olhando para a demonstração de resultados, a margem financeira (diferença entre juros recebidos em créditos e juros pagos em depósitos) decresceu 2,1% para 593 milhões de euros.

 

A descida do custo de financiamento (nos depósitos) não compensou o efeito cambial causado pela desvalorização do kwanza, em Angola, e da pataca, em Macau, pelo que a margem deslizou. O banco liderado por Paulo Macedo assinala que, em Portugal, a margem somou 6%.

 

Já as comissões cobradas aos clientes agravaram-se 9,6% para os 239,2 milhões de euros.

 

Já os resultados de operações financeiras, que devido aos "swaps" tinham impulsionado as contas no ano passado, verificaram um recuo de 77% para os 50,9 milhões de euros.

 

Na soma destas rubricas, a Caixa Geral de Depósitos apurou um produto bancário de 889,3 milhões, menos 14,7% que no período homólogo.

 

Os custos da estrutura da CGD afundaram, em termos relativos, na mesma dimensão, depois do programa de redução de pessoal do ano passado: caíram 14,3% para 515,8 milhões.

Créditos caem 6%

 

Os recursos de clientes baixaram 3,4% para 91 mil milhões de euros, tendência que se deve à quebra dos depósitos na ordem dos 4%, para 64 mil milhões, e que se sentiu com maior intensidade na actividade internacional (quebra de 17,7%). Neste semestre, também se sentiu o impacto da amortização antecipada da exposição de 2 mil milhões de euros obtida junto do BCE.

 

Já no campo dos créditos, houve um corte de 6,4% para 58 mil milhões de euros, em comparação homóloga. Em Portugal, o deslize foi de 6,1%, sobretudo devido a empresas (quebra de 6,6%), mas também nos particulares (4,6%).

 

Na qualidade de activos, o crédito malparado representava 10,5% no final do semestre, baixando face aos 13,5% do período homólogo. No semestre, o corte foi de 1,1 mil milhões de euros. O banco tem um novo objectivo de redução do malparado para 7% em 2020, quando antes estava em 12%.

 

O rácio de capital mais exigente, o CET1, ficou em 14%.

Ver comentários
Saber mais Caixa Geral de Depósitos CGD Paulo Macedo BCE
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio