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Caixa vai vender um dos bancos que tem em Cabo Verde

Vender um dos dois bancos em Cabo Verde, reduzir a posição no moçambicano BCI mas mantendo a maioria. São dois passos dados para compensar a manutenção da sucursal francesa. Sobre o Luxemburgo, Macedo quis tranquilizar os clientes. 

Lusa
27 de Julho de 2018 às 18:26
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A Caixa Geral de Depósitos vai alienar uma das instituições financeiras que tem em Cabo Verde, confirmou Paulo Macedo na conferência de imprensa de apresentação de resultados do primeiro semestre.

 

O banco público está presente através do Banco Comercial do Atlântico e do Banco InterAtlântico, mas o presidente da instituição financeira não quis explicitar. "Vamos falar com autoridades, analisar com mercado, falar com os nossos mercados, de uma maneira muito tranquila, sobre o que será melhor", explicou Paulo Macedo.

 

Na conferência de imprensa de apresentação de resultados, esta sexta-feira, 27 de Julho, o CEO da instituição financeira afirmou que quer "racionalizar a presença em Cabo Verde". "O que nós queremos é manter uma presença forte através de uma das instituições bancárias, e procedemos à alienação da outra", explicou.

 

Já em Moçambique, há também necessidade de diminuição, mas aqui será uma questão percentual. A Caixa, que subiu a sua posição no moçambicano BCI para 61,5% por acordo para pagamento de uma dívida, vai ter de voltar para 51%."Iremos falando com as autoridades moçambicanas, falando com o BPI [também accionista no BCI] e demais parceiros". A alienação dessa participação tem de ser feita até 2020, sendo que continuará a ser maioritária.  

 

Estas são alterações do acordo negociado com a Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia, que vem de 2016. A CGD teve de manter o mesmo nível de redução de activos no estrangeiro. Tem de chegar a 2020 com 12 mil milhões de euros no portefólio internacional.

 

Esse objectivo mantém-se, pelo que tem de haver diminuição da exposição a Cabo Verde e Moçambique para que possa manter a sucursal em França, como anunciado esta quinta-feira pelo Ministério das Finanças.

 

"Não está prevista qualquer redução de pessoal, é prosseguir com o negócio que nós temos", afirmou. 

 

Luxemburgo fecha

 

Também a sucursal do Luxemburgo vai encerrar este ano, mas neste campo Paulo Macedo sublinha que já estava previsto no plano de 2016, não houve qualquer alteração. 

 

A sucursal irá encerrar e o CEO da instituição financeira fez questão de frisar que os depósitos estão completamente seguros (a sucursal responde perante o balanço do CGD em Portugal, e o número de depósitos está acima dos créditos, pelo que não há preocupação em relação àqueles clientes, para Macedo).

 

Além disso, sublinhou o líder da instituição, cerca de metade dos clientes no Luxemburgo são também clientes em Portugal.

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