Depois de o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) ter admitido que pode ter havido práticas restritivas à concorrência no processo que ficou conhecido como "cartel da banca", o presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD) nega que tenha existido qualquer concertação entre bancos de 2002 a 2013, tal como acusa a Autoridade da Concorrência (AdC).

"Ficou provado que não há cartel da banca", afirmou Paulo Macedo na conferência de imprensa de apresetação de resultados do banco público no primeiro semestre do ano. 

Paulo Macedo considera que "não há nenhum mercado tão competitivo na banca como o crédito à habitação", e argumenta que há dados que o mostram, como o aumento das transferências de créditos entre instituições.

"Temos comparadores com os preços, mas há fatores que alteram tudo: a concorrência, o património do cliente, isso altera as taxas", disse, argumentando que "o tribunal diz que a troca de informações pode ser prejudicial. Claro que pode. Depende se os consumidores foram prejudicados". 

Para o presidente executivo da Caixa, a posição dos bancos foi correta. "Não me parece que [o facto de] alguns técnicos terem feito algumas questões [signifique] que haja comportamentos censuráveis, a justiça dirá. Esperamos pela justiça e aguardaremos serenamente", concluiu Paulo Macedo.