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Caixa conclui pagamento ao Estado. Lucro subiu 46% para 889 milhões até junho

Banco público melhorou o resultado face aos 608 milhões reportados há um ano e vai concluir a devolução ao Estado da injeção feita na recapitalização de 2017.

Carlos M. Almeida / Lusa
31 de Julho de 2024 às 16:42
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A Caixa Geral de Depósitos obteve um lucro de 889 milhões de euros no primeiro semestre de 2024. O resultado representa uma melhoria de 46,2% face aos 608 milhões de euros registados há um ano.

O resultado permite o pagamento adicional de 300 milhões de euros ao Estado em dividendos, o que conclui a devolução de toda a recapitalização de 2017, salienta o banco. Estes 300 milhões somam-se aos 525 milhões já pagos este ano e permitem a devolução integral dos 2.500 milhões em dinheiro injetados em 2017. No âmbito da recapitalização, o banco público também contraiu - e devolveu desde então - mil milhões de dívida privada.

"Em 12 anos é a segunda vez que há um dividendo extraordinário na Caixa", enfatizou o CEO Paulo Macedo na conferência de imprensa de apresentação dos resultados.

A margem financeira rendeu mais 109 milhões de euros em termos consolidados do que nos primeiros seis meses de 2023, atingindo 1.426 milhões de euros. As comissões mantiveram-se em 289.

Em Portugal, a margem atingiu 1.173 milhões de euros (que comparam com os 1.056 milhões de há um ano), enquanto as comissões permitiram um encaixe de 228 milhões (menos do que os 232 milhões verificados em junho de 2023).

Os recursos de clientes em Portugal subiram 4,3% para 95,6 mil milhões de euros, com os depósitos a representarem cerca de 73 mil milhões de euros, um valor acima dos 68,8 mil milhões registados nos primeiros seis meses de 2023.

A carteira de crédito teve uma subida de 2,2% para 51,6 mil milhões de euros em termos consolidados. A carteira de crédito à habitação subiu 0,7% face a junho do ano passado, alcançando a fasquia de 24,6 mil milhões de euros, com a produção de novos empréstimos no segundo trimestre a disparar 57%. Trata-se de um "reconhecimento de um défice de habitação e que as pessoas querem comprar", afirmou o CEO da Caixa. Quanto ao aumento da produção, Paulo Macedo afirmou que ela se explica, pelo meno em parte, com a estabilidade do mercado do emprego e com a evolução das taxas de juro. "Há um duplo efeito de baixa porque os spreads também baixaram. Se os indexantes voltarem ao que estavam, havendo spreads mais baixos, as prestações serão mais baratas", disse.

O rácio de crédito malparado (NPL, sigla para a expressão inglesa "Non-Performing Loans") teve um aumento de 0,9% face ao valor registado no final de 2023, atingindo 1.244 milhões de euros.

Em atualização

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