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CDS quer "perceber a origem" da notícia da TVI sobre o Banif

A proposta dos centristas tendo em vista a Comissão de Inquérito ao Banif estabelece como prioridade conhecer a "origem" da notícia da TVI sobre o encerramento do banco madeirense, bem como analisar as responsabilidades "das entidades públicas nacionais e europeias competentes nesta matéria desde 2008".

Miguel Baltazar/Negócios
15 de Janeiro de 2016 às 21:22
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Na Comissão de Inquérito parlamentar que será feita ao caso Banif, o CDS pretende "perceber a origem" da informação que resultou na notícia avançada pela TVI sobre o banco madeirense, e ainda avaliar as responsabilidades "das entidades públicas nacionais e europeias competentes nesta matéria desde 2008", altura em que governava o Executivo liderado por José Sócrates.

 

Assim, os centristas querem conhecer os contornos que permitiram à estação de Queluz avançar que a instituição liderada por Jorge Tomé ia encerrar, sendo posteriormente integrada na Caixa Geral de Depósitos (CGD) num processo que implicaria perdas para os depositantes com mais de 100 mil euros. Esta notícia foi avançada num domingo, e no dia seguinte os títulos do Banif afundaram mais de 40%.

 

Por outro lado, o partido ainda liderado por Paulo Portas quer também conhecer o grau de responsabilidade das várias entidades com responsabilidades na matéria desde 2008, ano em que rebentou a crise financeira na sequência da falência do Lehman Brothers. Também o PSD pretende recuar até esta data de forma a avaliar o conjunto de situações que levaram à actual situação do banco liderado por Jorge Tomé.

 

Na proposta centrista enviada às redacções esta sexta-feira, 15 de Janeiro, e que irá ser discutida a 22 de Janeiro, juntamente ao texto conjunto da esquerda parlamentar (PS, BE e PCP) e ao do PSD, o CDS refere que "a solução encontrada para o Banif suscita dúvidas muito relevantes que têm de ser esclarecidas".

 

Além de querer "apurar cabalmente" os motivos que levaram à opção pela resolução do Banif com venda ao banco Santander Totta, o CDS quer conhecer "a forma como o Estado português e os seus representantes se relacionaram com as entidades europeias durante todo este processo".

 

Não aludindo às propostas apresentadas para resolver a situação do Banif pelo anterior Governo e que foram sempre rejeitadas por Bruxelas, o CDS considera fundamental perceber "quais teriam sido os encargos para os contribuintes portugueses decorrentes de uma resolução" feita de acordo com as novas regras europeias que entraram em vigor a 1 de Janeiro último com a criação do Mecanismo Único de Resolução.

 

Por fim, o partido que terá um novo líder dentro de dois meses tem ainda como objectivo para a comissão parlamentar sobre o Banif apreciar a forma como será feita a transição dos activos e responsabilidades do banco madeirense para o veículo de gestão de activos Naviget. 

A solução encontrada para o Banif e anunciada, ao início da madrugada de 21 de Dezembro, pelo primeiro-ministro, António Costa, suscitou desde logo "dúvidas fundadas" ao CDS, partido que viria mesmo a votar contra o Orçamento Rectificativo apresentado pelo Governo de forma a acomodar os custos do Estado, que detinha uma posição maioriatária no capital da instituição, decorrentes da resolução.

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