Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Catarina Martins diz que recapitalização pública da CGD é "respeito pela democracia"

A líder bloquista promete "exigir que o plano estratégico da Caixa sirva o emprego, a economia, a coesão territorial", ou seja, "o investimento público ao serviço do país", considerando que "vale a pena defender Portugal".

Miguel Baltazar
28 de Agosto de 2016 às 17:42
  • 65
  • ...
A coordenadora do BE, Catarina Martins, considerou este domingo, 28 de Agosto, que a recapitalização pública da Caixa Geral de Depósitos é "respeito pela democracia e pela soberania" de Portugal, exigindo transparência no processo e respeito por todos os trabalhadores.

No discurso de encerramento do fórum Socialismo 2016, que desde sexta-feira decorreu em Santa Maria da Feira, distrito de Aveiro, Catarina Martins falou pela primeira vez sobre o acordo alcançado pelo Governo com a Comissão Europeia relativamente à recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CDG).

"O que se conseguiu, a recapitalização pública da Caixa é respeito pela democracia, é respeito pela soberania do nosso país. É agora necessário transparência, prestação de contas, responsabilização pelos erros passados e respeito por todos os trabalhadores e trabalhadoras da Caixa Geral de Depósitos", enfatizou.

A coordenadora bloquista assegurou ainda que o BE vai "exigir que o plano estratégico da Caixa sirva o emprego, a economia, a coesão territorial", ou seja, "o investimento público ao serviço do país", considerando que "vale a pena defender Portugal".

"Juraram que a Caixa Geral de Depósitos teria de ser parcialmente privatizada para ser recapitalizada e foram derrotados. A direita apostou tudo na Comissão Europeia e no fanatismo da DGCom que sempre usou como desculpa para privatizar o que só pode ser público", recordou.

Na opinião de Catarina Martins, "depois de milhares de milhões de euros públicos a limpar bancos privados, forçar uma recapitalização por privados da CGD seria mais um assalto da finança internacional ao nosso país".

"Ficariam com o nosso banco, o nosso dinheiro, o nosso instrumento para financiar a economia", criticou.

Pela voz do BE, a deputada Mariana Mortágua defendeu na quinta-feira que "um orçamento retificativo é a consequência natural da recapitalização pública" da CGD defendendo que o dinheiro tem que servir para a manter como um banco estável.

Durante o fim de semana da rentrée política do BE, este foi um dos principais temas em relação ao qual os intervenientes foram questionados, tendo o antigo coordenador bloquista Francisco Louçã dado os parabéns ao Governo por ter mantido a Caixa 100% pública, sendo muito crítico com as instituições europeias pelas imposições feitas.

Já a eurodeputada do BE, Marisa Matias, considerou que este é um bom acordo, mas avisou que despedimentos não podem ser aceitáveis.
Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio