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CGD poderá ter de se desfazer da operação em Espanha

O jornal espanhol Cinco Días coloca em cima da mesa a opção do banco público português ser obrigado a sair do país vizinho. Tudo para evitar distorções da concorrência e não colocar em causa o plano de recapitalização acordado com Bruxelas.

Carlos Ferreira/Correio da Manhã
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A Caixa Geral de Depósitos (CGD) poderá ser obrigada a desfazer-se da sua operação em Espanha, escreve o jornal Cinco Días esta sexta-feira, 26 de Agosto.

O cenário é traçado depois de o Governo português e Bruxelas terem chegado a acordo para a recapitalização do banco público luso, num valor que supera os cinco mil milhões de euros.


A publicação espanhola concretiza que, para evitar distorções de concorrência, Bruxelas poderá levar a CGD a reduzir a sua influência fora do território de origem.


O mesmo aconteceu aos bancos espanhóis que também foram assistidos, como o Bankia, o Catalunya Banc ou o Novagalicia.


Esse plano implica a redução do número de escritórios e trabalhadores. A CGD conta com 103 sucursais em 22 províncias espanholas, com destaque para Cáceres, Pontevedra e Madrid. Ao todo, são 503 trabalhadores no país vizinho.


Um dos pontos que poderá pesar a favor da manutenção da actividade em Espanha são os resultados obtidos, esclarece o Cinco Días. A CGD conta em Espanha com um negócio de 5.091 milhões de euros em activos e 2.762 milhões em depósitos de clientes, de acordo com dados da Associação Espanhola da Banca citados pela publicação. Em 2015, esta operação fechou com lucros de 26 milhões de euros.

Embora não tenha sido detalhado ainda o modo como a operação da CGD em Espanha será afectada com o plano de recapitalização, os sindicatos espanhóis já pediram informações à administração do banco.

Esta é a primeira vez que se fala de uma retirada da operação do banco público português, tendo sido noticiado apenas que poderia haver uma redução da operação no país vizinho.

Dos mais de cinco mil milhões de euros previstos no plano de recapitalização da CGD, 2,7 mil milhões são injectados directamente pelo Estado português. Todavia, Bruxelas considera que este valor não constitui uma ajuda de Estado, o que poderá representar obrigações menos exigentes em termos de concorrência.

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