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Carlos Queiroz diz ter perdido "mais de metade da vida de trabalho" com os problemas do GES

O ex-seleccionador de Portugal acusa responsáveis do Grupo Espírito Santo (GES) de "fraude" e de terem mexido no seu dinheiro sem a sua autorização. Em causa está a unidade do Dubai, que acusa de ter investido "mais de metade" da sua vida de trabalho na Rio Forte, sem a sua autorização.

Negócios 10 de Outubro de 2014 às 08:13
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"Foi um abuso e uma fraude do Banco Espírito Santo, neste caso do ES Bankers, do Grupo Espírito Santo no Dubai", afirmou Carlos Queiroz em entrevista à TVI e ao MaisFutebol. O ex-seleccionador de futebol de Portugal considera ter sido alvo de uma "armadilha". "Responsáveis do banco mandam-me uma comunicação a dizer que havia relevantes riscos na aplicação de dinheiro na Rio Forte e garantiram-me que não tomavam mais nenhuma decisão de fazer aplicações se não for eu, Carlos Queiroz, a tomar essa iniciativa." 

 

"Uns dias depois, debaixo de uma pressão enorme de Lisboa, como me disseram que havia telefonemas e pressões enormes, um director comercial do ES Bankers foi à minha conta, tirou uma fortuna, tirou mais de metade da minha vida de trabalho, e mandou para os senhores da Rio Forte. Pôs os meus fundos - fundos que tinha guardado exclusivamente para apoiar a minha reforma -, na Rio Forte de uma forma fraudulenta e abusiva", acusa em entrevista.


Carlos Queiroz não quis revelar os valores envolvidos, mas admite que "seguramente, são mais de quinze anos da reforma que desapareceram de um dia para o outro." 

 

"Não tenho nenhuma expectativa" de reaver o dinheiro. "Este é um país de impunidade, que assobia para o lado. É preciso é ter saúde e recomeçar a vida de novo. Infelizmente fui uma das vítimas: um autêntico roubo, um escândalo, uma vergonha. As pessoas não têm ideia da tragédia que está por detrás de centenas e milhares de pessoas que entregaram ao BES anos e anos do seu trabalho. Espero que de uma vez por todas a Justiça portuguesa possa julgar e condenar essas pessoas." 

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