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CaixaBank decide recomposição da administração do BPI após OPA
O grupo catalão quer apoiar a equipa de gestão do BPI e assegura que o banco português vai permanecer autónomo. Com o final da OPA, a administração poderá vir a mudar.
O CaixaBank pretende "continuar a apoiar a equipa de gestão do Banco BPI". Mas o conselho de administração do banco português, actualmente liderado por Artur Santos Silva, presidente não executivo, e por Fernando Ulrich, presidente executivo, pode vir a ser alterado, nomeadamente para receber representantes do grupo catalão. Para já, há um prazo para uma decisão sobre o tema.
"O CaixaBank tomará uma decisão sobre a recomposição do conselho de administração do BPI após o final da OPA", assinala o prospecto da oferta pública de aquisição que arrancou esta terça-feira, 17 de Janeiro, em que o grupo liderado por Gonzalo Gortázar paga 1,134 euros por cada acção da instituição financeira portuguesa.
Uma eventual recomposição, explicam os catalães, será feita "em linha com a participação de controlo do CaixaBank no BPI e preenchendo os lugares que sejam deixados vagos por membros do conselho de administração".
Neste momento, dos 20 administradores em funções no BPI, há cinco em representação do accionista CaixaBank, que detém 45% dos direitos de voto da instituição financeira. Com a oferta iniciada esta terça-feira, e que se estende até 7 de Fevereiro, o grupo poderá passar a controlar até 100% do banco português.
De qualquer forma, no mesmo prospecto, o CaixaBank indica que vai assegurar "a prossecução das melhores práticas de governação societária nos termos da lei e das recomendações da CMVM, e esforçar-se-á para que exista, em cada momento, um número apropriado de administradores independentes com idoneidade, competência e experiência no sector bancário".
BPI autónomo do CaixaBank
Os resultados da OPA lançada pelo CaixaBank são conhecidos a 8 de Fevereiro. "Após a conclusão da oferta, a sociedade visada [BPI] beneficiará de uma colaboração próxima com o oferente".
O Banco BPI vai continuar a ser uma entidade autónoma do CaixaBank. "Relativamente às actividades da sociedade visada, é intenção do oferente que a sociedade visada mantenha o seu estatuto como entidade independente, mantendo uma linha geral de continuidade no que concerne às suas actividade".
"O oferente [CaixaBank] está preparado para aportar à sociedade visada [BPI] recursos financeiros e tecnológicos para aumentar a rentabilidade e o crescimento da actividade da sociedade visada nas suas áreas principais de actuação", prevê ainda o mesmo documento.