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CaixaBank cumpre meta de capital mesmo com aceitação de 100% dos accionistas do BPI
O CaixaBank pretende que o rácio que mede o seu melhor capital se situe entre 11 e 12%. O objectivo é conseguido com a OPA do CaixaBank.
Mesmo que todos os accionistas do BPI aceitem os 1,134 euros pagos na oferta pública de aquisição, o CaixaBank consegue manter o seu rácio de capital dentro da meta estabelecida. Para isso, ajudou a venda de acções próprias realizada em Setembro.
"De acordo com os cálculos internos realizados pelo oferente [CaixaBank], o rácio de capital de nível 1 ordinário (CET1) ‘fully loaded’ do oferente é de 12,6% a 30 de Setembro de 2016 e, após a transacção e em função do grau de aceitação da oferta, situar-se-ia entre 11,2% e 11,8% a 30 de Setembro de 2016", revela o prospecto da OPA divulgado esta segunda-feira.
O plano estratégico do CaixaBank tem como objectivo que este rácio de capital se situe sempre entre 11% e 12%. O que se conseguirá mesmo com a aceitação de todos os accionistas do banco português.
Aliás, foi para que esta meta não fosse afectada que, em Outubro, quando ficou decidida a desblindagem dos estatutos do BPI e a OPA do CaixaBank passou a obrigatória, elevando o preço de 1,113 para 1,134 euros por acção, o grupo catalão vendeu 9,9% de acções próprias: o objectivo era financiar a OPA.
Assim, no prospecto, o CaixaBank refere que o financiamento da operação, que arrancou esta terça-feira, é "assegurado com recursos próprios do oferente". Aquela venda e colocação em investidores qualificados rendeu 1,3 mil milhões de euros. Caso haja aceitação de 100% dos accionistas do BPI, o grupo pode ter de gastar cerca de 900 milhões.
Foi a pressão do capital do CaixaBank que também impediu uma ofensiva mais intensa na corrida do BPI ao Novo Banco.