O jornal Público noticiou esta quinta-feira, 7 de Agosto, que a crise no Banco Espírito Santo (BES) provocou uma fuga de depósitos rumo à Caixa Geral de Depósitos (CGD).

O banco estatal considerou que deveria vir a público dar esclarecimentos, salientando que os montantes depositados na instituição liderada por José de Matos não tiveram todos origem em clientes que eram do BES.

"A Caixa Geral de Depósitos esclarece que os valores divulgados relativamente aos depósitos supostamente recebidos no passado dia 4 de agosto não são exclusivamente oriundos do BES", disse fonte oficial do banco em comunicado.

Na notícia, o Público escreve que a maioria dos depósitos têm origem em antigos clientes do Banco Espírito Santo, não sendo assim exclusivos dos mesmos.

O jornal aponta também que o dinheiro pertence a particulares, não a empresas, e que os depósitos alcançaram um valor de 200 milhões de euros ao longo de segunda-feira, 4 de Agosto.

A Caixa Geral de Depósitos não confirma nem desmente este valor e limita-se a dizer que "não divulga valores das transacções efectuadas".

Esclarece, no entanto, que devido ao "carácter excepcional do actual contexto", o banco estatal garante que o "perfil de relacionamento com o BES tem permanecido estável e dentro de referenciais de normalidade ao longo de toda a semana".

Além da crise no BES, a solidez do banco estatal, a par dos lucros de 130 milhões de euros registados no primeiro semestre, seriam as razões para os antigos clientes da instituição liderada por Ricardo Salgado levarem o seu dinheiro para a Caixa.