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BPI admite voltar à proposta de cisão dos activos africanos

O banco irá propor a desblindagem de estatutos depois de 1 de Julho, altura em que o polémico decreto-lei do Governo sobre esta matéria entra em vigor. Artur Santos Silva admite ainda voltar à proposta de cisão.

Paulo Duarte
28 de Abril de 2016 às 14:02
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O BPI irá avançar com uma proposta de desblindagem de estatutos mal possa, ou seja, logo a seguir à entrada em vigor do decreto-lei que irá permitir levar a cabo este tipo de operações e que está prevista para 1 de Julho.

"O conselho de administração, na sequência do diálogo estreito com o Banco Central Europeu, decidiu propor a eliminação da blindagem. Depois entendemos que era melhor não [fazê-lo] e estivemos na expectativa. O problema só se põe quando aprovado o decreto-lei, em 1 de Julho", disse o chaiman do banco, no final da assembleia-geral desta quinta-feira, 28 de Abril, no Porto. Artur Santos Silva admitiu depois que "a cisão pode vir a ser proposta novamente". "É uma hipótese", salientou.

"Uma solução que era ideal para resolver o problema, a cisão, não foi aprovada quando a destacada maioria dos accionistas queria que fosse a solução. Estou extremamente tranquilo quanto ao futuro, o problema da blindagem vai ter uma existência muito curta. E temos o accionista mais relevante, neste momento, interessado em vir a ter mais de 50% do capital do banco [os espanhóis do CaixaBank, que lançaram uma oferta pública de aquisição]", explicou Santos Silva.

O "chairman" salientou que o "BCE está totalmente a par" do que está a ser feito. "E eu confio que tomará decisões adequadas em relação a este problema porque o banco usou todos os instrumentos para resolver isto. Mas há um accionista que tem a capacidade de bloquear decisões com a blindagem [a Santoro]", adiantou o chairman do BPI.

Tanto Santos Silva como Ulrich elogiaram a posição do BFA em Angola. "O BFA tem sido uma jóia para o BPI e para Angola. Funciona de forma impecável" com 2.600 pessoas, das quais mais de 2.500 em Angola e tem mais de 1,4 milhões de clientes, disse Fernando Ulrich, que viu ser chumbada a proposta de alteração de estatutos que permitia a sua recondução.

Quanto ao desenrolar da OPA do CaixaBank, a que o banco ainda não respondeu, Santos Silva disse que vai fazê-lo "quando for exigido".

 

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