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Fernando Ulrich: Alterações na gestão "não estão em causa neste momento"

O CEO do Banco BPI, Fernando Ulrich, relembrou que ainda falta um terço do mandato, no dia em que a assembleia-geral não aprovou a alteração de estatutos que lhe permitiria ser reconduzido.

Miguel Baltazar/Negócios
28 de Abril de 2016 às 13:18
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Fernando Ulrich desvalorizou o "chumbo" por parte da Assembleia-geral à alteração de estatutos, que limita a escolha de membros para conselho de administração com idade superior a 62 anos e que, na prática, impossibilita que seja reconduzido como CEO do banco. "Os accionistas são livres e soberanos nas decisões. A AG do banco terá lugar em Abril de 2017 e não está em causa neste momento a alteração. Falta ainda um terço do mandato", salientou.

"A proposta não é dirigida a mim e há pessoas válidas fora do conselho de administração, com essa idade, e no mercado há pessoas válidas que podem ter interesse para o banco. Essas questões só se vão pôr daqui a um ano, há algum tempo", adiantou.

O "chairman" do banco, Artur Santos Silva aproveitou esta questão para criticar a manutenção da blindagem dos estatutos do BPI. Recordando que foi o autor da proposta original que blindou os estatutos do banco, Santos Silva referiu que o BPI tem "a equipa mais estável do sistema financeiro com vantagens inegáveis. Se não houvesse blindagem [a proposta] teria sido aprovada largamente", referiu. "A blindagem é contrária aos interesses da instituição", concluiu Santos Silva.

Embora tenha 18,6% do capital, a segunda maior accionista, Isabel dos Santos, tem quase tanto poder como os 20% na posse do CaixaBank, o maior accionista (que vota com 20% apesar de ter 44,1% do capital devido ao limite máximo de direitos de voto imposto nos estatutos). A empresária angolana, através da sociedade Santoro, teve uma palavra determinante no chumbo ditado à alteração de estatutos que permitia a recondução de Fernando Ulrich no próximo ano.

Neste momento, há um diploma governamental que permite aos accionistas votarem a desblindagem dos estatutos. Uma aprovação que é essencial para que a oferta pública de aquisição lançada pelo CaixaBank seja bem-sucedida.

(Notícia actualizada com mais informações às 13:35)

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