"O Caixabank confia na continuidade de Fernando Ulrich à frente do BPI para manter o programa de optimização e consolidar a posição do banco português como uma entidade eficiente, sólida e rentável", sublinha o maior accionista da instituição, em comunicado emitido esta quinta-feira sobre o resultado da assembleia-geral.

Na reunião de accionistas, que decorreu esta quinta-feira de manhã, Isabel dos Santos vetou duas alterações estatutárias, uma que visava permitir a reeleição de Fernando Ulrich e outra que autorizava a administração do BPI a realizar aumentos de capital num valor máximo de 500 milhões de euros sem necessidade de aprovação em assembleia-geral.

Em comunicado, o maior accionista do BPI assume que votou a favor da alteração estatutária que permitia a reeleição do presidente executivo do banco e deixa subentendido que o CaixaBank pretende que Ulrich seja nomeado para um novo mandato como líder da instituição.

"O CaixaBank avalia muito positivamente a gestão que está a ser conduzida pelo presidente executivo do BPI, Fernando Ulrich, e por toda a sua equipa. Nos últimos anos, de especial dificuldade e exigência no sector financeiro, Fernando Ulrich posicionou o BPI como um dos bancos de referência do mercado português pela sua solidez e pela sua força financeira", sublinha o comunicado da instituição liderada por Gonzalo Gortázar.

De acordo com a actual versão dos estatutos do BPI, não podem ser eleitos para a comissão executiva do banco gestores com mais de 62 anos, o que impede que Ulrich seja reeleito líder executivo no próximo ano, quando terminar o actual mandato. A proposta que foi submetida à assembleia-geral desta quinta-feira, e que foi chumbada por Isabel dos Santos, previa a eliminação deste limite de idade aos gestores executivos do BPI.