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BES: Generalidade dos balcões Novo Banco estão a funcionar regularmente

Até meio da manhã de hoje, não havia registo de quaisquer problemas nos distritos de Viseu, Coimbra, Évora, Beja, Portalegre e Faro, bem como na Região Autónoma da Madeira.

Reuters
04 de Agosto de 2014 às 12:50
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A generalidade dos balcões do Novo Banco, que abriu hoje portas com os activos valiosos do Banco Espírito Santo, está a funcionar com normalidade em várias regiões do país, segundo informações da polícia e a constatação da Lusa.

  

Também nos Açores, onde o BESAçores é detido em 50% pelo BES e o restante pelas Misericórdias locais e pelo Grupo Bensaúde, não se registava qualquer perturbação.

 

Em Lisboa, a abertura do Novo Banco, correu com calma e normalidade, com os balcões onde a Lusa este, em Lisboa e na Linha de Cascais, a registarem um número habitual de clientes e a funcionar como habitualmente.

 

A Polícia de Segurança Pública (PSP) admitiu hoje que está "atenta" a possíveis perturbações nas agências do Novo Banco, apesar de referir não haver indícios de que possa haver problemas envolvendo clientes da instituição.

 

"Não há reforços de contingentes, não há alertas, mas vamos estar atentos à situação", disse à agência Lusa uma fonte da PSP.

 

O BES, tal como era conhecido, acabou este fim-de-semana depois do Banco de Portugal ter anunciado a sua separação num 'banco bom', denominado Novo Banco, e num 'banco mau' ('bad bank').

 

O Novo Banco fica com os activos bons que pertenciam ao BES, como depósitos e créditos bons, e recebe uma capitalização de 4.900 milhões de euros, enquanto o 'bad bank' ficará com os activos tóxicos.

 

O capital é injectado no Novo Banco através do Fundo de Resolução bancário, criado em 2012, para ajudar a banca a resolver os seus problemas. Como este fundo é recente, a solução encontrada passa por ir buscar a maior parte das verbas ao dinheiro da 'troika', cerca de 4.400 milhões de euros, ficando os restantes 500 milhões de euros a cargo do Fundo de Resolução, o que obrigará a uma contribuição extraordinária dos bancos que o constituem.

 

Já os activos problemáticos do BES, caso das dívidas do Grupo Espírito Santo e a participação no BES Angola, ficam no chamado 'bad bank'. Este terá uma administração própria, liderada por Luís Máximo dos Santos, segundo o jornal Expresso, e não terá licença bancária.

 

Após o anúncio desta solução, o Governo, através do Ministério das Finanças, afirmou que os contribuintes não terão de suportar os custos relacionados com o financiamento do BES e a Comissão Europeia anunciou que aprova solução, que está em linha com as regras de ajuda da União Europeia.

 

O Novo Banco será liderado por Vítor Bento, que substituiu o líder histórico Ricardo Salgado à frente do BES e a quem coube dar a conhecer prejuízos históricos de quase 3,6 mil milhões de euros no primeiro semestre.

 

 

 

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