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BCP regressa aos 10 cêntimos e dispara 14% na semana

O banco liderado por Miguel Maya está a conseguir recuperar das perdas registadas na semana passada, num período em que a pandemia está a pressionar o setor. O BCP já sobe mais de 14% esta semana.

09 de Abril de 2020 às 09:51
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A pandemia que está a agitar os mercados tem levado o BCP a registar quedas acentuadas. O banco liderado por Miguel Maya caiu mais de 15% na semana passada, alcançando mínimos nunca antes registados. Uma queda de que conseguiu agora recuperar, anulando grande parte das perdas registadas. 

As ações do BCP estão a avançar 3,55% na sessão desta quinta-feira, em linha com o desempenho da banca europeia - o setor está a ganhar mais de 2%, de acordo com a Bloomberg. Os títulos do banco estão a negociar acima dos 10 cêntimos por ação, depois de terem caído abaixo deste patamar na semana passada.
A crise que está a penalizar os mercados, e a que a banca não é imune, atirou mesmo as ações do BCP para um mínimo histórico de 8,9 cêntimos, com a instituição financeira a ceder mais de 15% no total da semana passada. 

Um desempenho que se registou depois de o banco liderado por Miguel Maya ter decidido cancelar o pagamento de dividendos, em linha com aquela que é a recomendação do Banco Central Europeu (BCE). O banco terá também de avaliar se vai pagar bónus aos seus administradores, algo que só aconteceu no ano passado, depois de estar mais de uma década sem o fazer. 

Apesar da pressão exercida pela pandemia, as ações do BCP estão a conseguir recuperar. No total desta semana, que será mais curta devido a um ferido na sexta-feira, sobem já mais de 14%, praticamente anulando as perdas registadas na semana passada. 

Esta recuperação está a acontecer apesar de duas agências financeiras terem decidido reduzir o "outlook" do banco, de positivo para estável. Ainda assim, a S&P, uma das agências que deu este passo, acredita que o BCP ainda vai continuar a dar lucros e a defender a sua base de clientes, apesar de perspetivar uma deterioração da qualidade dos ativos, com o crédito malparado a reverter a tendência de descida nos últimos anos.

Em declarações à rádio Observador, Faria de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), afirmou que a "probabilidade de os bancos passarem novamente a ter resultados negativos já este ano é grande".
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