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BCE alivia controlo de capitais do sistema financeiro da Grécia

A autoridade monetária europeia acedeu ao pedido do banco central grego de levantamento de algumas das medidas de controlo de capitais que vigoram há mais de um ano na Grécia.

Reuters
22 de Julho de 2016 às 16:24
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Depois de uma reunião do conselho de governadores, o Banco Central Europeu (BCE) deu provimento, na passada quinta-feira, 21 de Julho, ao pedido do banco central da Grécia de levantamento de algumas das medidas de controlo de capitais impostas ao sistema financeiro helénico durante a crise em torno da possibilidade de a Grécia abandonar o euro (Brexit).

 

Doravante os depositantes gregos poderão levantar até 840 euros a cada duas semanas, sendo que os novos depósitos em dinheiro não sofrerão qualquer restrição no que ao levantamento diz respeito. Contudo, nota o jornal grego To Vima, não foi esclarecido se os fundos dos novos depósitos poderão ser enviados para o estrangeiro.

 

Também o limite ao levantamento de fundos depositados em filiais estrangeiras dos bancos gregos foi aumentado de 10% para 30%, num conjunto de medidas que contempla ainda o aumento dos limites à utilização de cartões de crédito por nacionais gregos em países estrangeiros e a facilitação das regras para as compras feitas online. O conjunto de medidas aprovado prevê também a facilitação e aumento dos valores limites para as empresas gregas cujas actividades pressupõem a realização de importações. 

Ainda esta quinta-feira, o BCE aceitou o pedido de redução do limite da linha de liquidez de emergência (programa ELA, na sigla inglesa) de 58,6 mil milhões de euros para 57,2 mil milhões de euros. 

 

Num comunicado do Banco Central da Grécia, o regulador helénico explicitou que esta redução do tecto do programa ELA em 1,4 mil milhões de euros "reflecte a melhoria da situação de liquidez dos bancos gregos, isto perante a diminuição da incerteza e a estabilização dos fluxos de depósitos do sector privado".

Entretanto, já esta sexta-feira, 22 de Julho, o banco central helénico divulgou dados mais recentes sobre a execução orçamental deste ano e que mostram que o excedente orçamental primário (sem contabilizar o pagamento de juros) no final de Julho foi de 2,76 mil milhões de euros, que compara com 1,3 mil milhões verificados entre no período homólogo.

No acordo alcançado no Verão passado entre Atenas e os parceiros da troika, que deu origem ao resgate que poderá ascender aos 86 mil milhões de euros em três anos, a Grécia comprometeu-se a atingir, em 2018, um excedente orçamental primário de 3,5% do produto interno bruto (PIB) do país. Porém, o Fundo Monetário Internacional (FMI) antecipa excedentes primários de apenas 0,25% e 1,5% do PIB em 2017 e 2018, respectivamente, com a instituição liderada por Christine Lagarde a defender que perante a actual dívida pública helénica, que considera "insustentável", Atenas não conseguirá cumprir as metas acordadas com a troika. 

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