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PIB da Grécia contraiu menos do que o esperado

Foram várias as incertezas que marcaram o terceiro trimestre na Grécia, da falta de acordo com os credores para um terceiro resgate ao controlo de capitais. Ainda assim, o PIB grego contraiu 0,4% em termos homólogos, menos do que as estimativas.

Bloomberg
13 de Novembro de 2015 às 13:30
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Os dados divulgados esta sexta-feira, 13 de Novembro, pelo Eurostat mostram que a economia da Grécia contraiu menos do que o esperado no terceiro trimestre deste ano. Em termos homólogos, o produto interno bruto (PIB) helénico encolheu 0,4%, valor que compara com a previsão dos economistas que apontava para uma quebra de 1%.

 

Já comparativamente com o trimestre anterior, entre Julho e Setembro de 2015 o PIB grego caiu 0,5%. Este comportamento da economia grega segue-se ao surpreendente crescimento homólogo de 1,1% e ao aumento em cadeia de 0,4% registados no segundo trimestre deste ano.

 

Esta era uma contracção esperada e que surpreende, em grande medida, pela menor magnitude do que foi sendo estimado. Designadamente porque foi precisamente entre Julho e Setembro deste ano que a Grécia viveu um período de grande incerteza económica e política.

 

Desde logo, porque os efeitos da não chegada a acordo para um empréstimo à Grécia, entre os credores e as autoridades helénicas, eleitas a 25 de Janeiro, foram sentidos de forma mais acentuada a partir de Junho. E apesar de ter sido ainda nesse mês, a 28, que o Governo grego decretou o encerramento dos bancos e impôs medidas de controlo de capitais, as consequências desta decisão reflectiram-se, em grande medida, em Julho e Agosto.

 

Um clima de maior estabilidade e segurança parecia chegar à Grécia depois de o Executivo liderado por Alexis Tsipras ter acordado, após longos meses de conversações, as condições para um terceiro resgate que permitirá ao país receber até 86 mil milhões de euros ao longo dos próximos três anos, facto que permitiu o levantamento progressivo das medidas de controlo de capitais, a reabertura do sistema financeiro e, em suma, o regresso à normalidade. Normalidade readquirida quando a 19 de Agosto foram iniciados os procedimentos para a libertação da primeira tranche de cerca de 26 mil milhões de euros.

 

Contudo, as condições previstas no memorando de entendimento provocaram forte contestação por parte da facção mais à esquerda do Syriza (Plataforma de Esquerda). Confrontado com a cisão de vários deputados, Tsipras acabaria por, já perto do final de Agosto, pedir a demissão do seu Executivo, espoletando um novo processo legislativo, o segundo em 2015.

 

Só já perto do final do mês de Setembro é que foram realizadas novas eleições, que acabaram por determinar praticamente a reedição dos resultados verificados no início deste ano. Todavia, a instabilidade e a indefinição política acabaram por sentir-se praticamente até ao final do terceiro trimestre, pelo que o comportamento da economia helénica no período em causa acaba por merecer uma espécie de nota positiva.

 

Numa nota de "research" publicada em Agosto pelo Eurobank, este banco grego já antecipava que em 2015 a economia grega teria um desempenho acima do esperado. Nessa altura, o Eurobank previu uma contracção do PIB helénico de 1,5%. Na semana passada, a Comissão Europeia previu que a economia grega encolha 1,4% em 2015.

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