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Bankia prevê gastar 500 milhões se contestar processos de investidores

O Bankia prevê gastar 500 milhões de euros se continuar a contestar as acções judiciais de investidores que perderam dinheiro na instituição. O presidente admite deixar de recorrer das decisões, até porque tem perdido 95% dos processos.

Negócios 02 de Fevereiro de 2016 às 18:46
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O Bankia poderá gastar os 500 milhões de euros que provisionou para custos com advogados e juros de mora relacionados com processos judiciais interpostos por investidores que perderam dinheiro com a ida para a bolsa do banco que Espanha acabou por nacionalizar em 2012. Para não ter este custo, a instituição admite deixar de contestar decisões dos tribunais que não lhe sejam favoráveis, avança o El País.

 

A estimativa foi apresentada por José Sevilla, presidente executivo do Bankia, na apresentação dos resultados do ano passado, em que a instituição teve resultados de 1.040 milhões (mais 39,2%). E os montantes em causa poderão levar o banco espanhol a desistir de recorrer das decisões dos tribunais que dêem razão aos investidores que perderam dinheiro.

 

O Bankia "está a reconsiderar a situação porque os custos judiciais são excessivos e desproporcionados", justificou José Sevilla. Outro dos argumentos que justifica a posição do gestor é o facto de, até agora, o banco ter perdido 95% das acções judiciais. No entanto, o banqueiro garante que 27% dos investidores que compraram acções do Bankia não perderam dinheiro.

 

Até agora, os processos judiciais já decididos implicaram um custo de 81 milhões de euros para o banco, dos quais 30% correspondem a gastos judiciais.

 

Segundo o El País, a possível mudança de estratégia do Bankia pode estar relacionada com a recente decisão do Supremo Tribunal de Espanha de dar razão aos investidores particulares que acusaram o banco de ter publicado dados errados no prospecto emitido no âmbito da sua ida para a bolsa.

 

Para José Ignacio Goirigolzarri, presidente não executivo do Bankia, deixar de contestar decisões do tribunal pode ser uma forma de proteger os interesses dos contribuintes espanhóis. "Porque os 1.840 milhões provisionados para fazer face às acções judciais serão pagos pelos contribuintes e apenas vão beneficiar os que investiram nas acções do banco e os seus advogados", referiu o banqueiro.

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