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Banco de Portugal não podia destituir Salgado por esquecimento fiscal
"Eu não posso tomar uma medida só porque cheguei ao banco com uma inspiração", responde Carlos Costa a uma pergunta sobre porque manteve Salgado na liderança do BES depois de o banqueiro não ter declarado impostos.
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Negócios
08 de Agosto de 2014 às 20:17
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O Banco de Portugal não poderia utilizar o esquecimento da declaração de IRS de Ricardo Salgado para lhe retirar idoneidade para a liderança do BES. A amnistia fiscal não o permitia.
"Quando há novas notícias, e vêm acompanhadas de amnistia, não podemos fazer nada, quando é o próprio diploma que diz que a irregularidade não pode ser invocada para qualquer efeito", disse Carlos Costa na quinta-feira, no Parlamento.
O Banco de Portugal só "constata que houve irregularidade, mas que não é invocável", disse aos deputados da comissão parlamentar de orçamento e finanças.
O ex-presidente do BES assumiu publicamente ter aderido ao Regime Excepcional de Regularização Tributária (RERT), uma amnistia fiscal lançada pelas Finanças e que se aplicava a dinheiros não declarados em Portugal no final de 2010.
