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GES aconselhou milionários a evitar amnistia fiscal

Responsáveis do Grupo Espírito Santo desaconselharam clientes a legalizar dinheiro clandestino na Suíça, numa altura em que Ricardo Salgado recorria à amnistia fiscal, avança o Correio da Manhã.

Miguel Baltazar/Negócios
Negócios 06 de Outubro de 2014 às 09:09
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A Compagnie Financiére Espírito Santo SA, empresa financeira do universo do grupo Espírito Santo Financial Group (ESFG), desaconselhou clientes milionários com contas na Suíça a aderirem à amnistia fiscal de 2012. 

 

Segundo avança esta segunda-feira o Correio da Manhã, a sociedade enviou cartas aos seus clientes com milhões de euros depositados na Suíça explicando que, como a adesão ao RERT II (regime excepcional de regularização tributária) implicava uma descrição da conta e dos montantes que estavam no estrangeiro, bem como do banco onde o dinheiro estava depositado, o melhor era manterem o dinheiro clandestinamente na Suíça.

 

O jornal diário diz ainda que a carta enviada pela Compagnie Financiére deixava implícita que uma transferia de fundos para Portugal podia deixar os clientes vulneráveis a problemas com a justiça.

 

O desincentivo à legalização dos capitais ocorreu numa altura em Ricardo Salgado aderia à amnistia fiscal para legalizar o dinheiro que tinha lá fora.

 

O RERT II ocorreu no primeiro semestre de 2012 e passou uma esponja nos crimes fiscais de quem declarasse o dinheiro guardado clandestinamente no estrangeiro, a troco do pagamento de uma taxa.

 

A amnistia acabou por ter uma adesão recorde, uma vez que coincidiu com a pressão internacional, nomeadamente dos Estados Unidos, sobre as regras do sigilo bancário suíço. 

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