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Banco de Portugal está a realizar uma auditoria forense no Montepio Geral

A notícia está a ser avançada pela RTP, que afirma que a equipa de auditores iniciou os trabalhos no dia 25 de Julho. Esta auditoria forense vai incidir sob os anos de 2009, 2010 e 2011, mas a exposição ao GES também pode estar em cima da mesa.

15 de Agosto de 2014 às 16:31
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O Banco de Portugal ordenou uma auditoria forense ao Montepio Geral. Uma das razões para Carlos Costa avançar com esta auditoria poderá ser a exposição da mutualista ao Grupo Espírito Santo.

 

A notícia está a ser avançada pela RTP, que afirma que a equipa de auditores iniciou os trabalhos no dia 25 de Julho. Esta auditoria forense vai incidir sob os anos de 2009, 2010 e 2011, mas a exposição ao GES também pode estar em cima da mesa.

 

A instituição liderada por Tomás Correia (na foto) já tinha avançado no seu relatório de contas semestral que tinha decidido aumentar as suas provisões e imparidades de crédito em 165 milhões face ao período homólogo, para os 292 milhões de euros.

 

O reforço desta almofada financeira vai servir para a instituição enfrentar eventais perdas relacionadas com o GES. "A Caixa Económica Montepio Geral procedeu a um julgamento muito conservador da sua exposição ao universo de empresas do GES de forma a acomodar, já nas suas contas semestrais, os efeitos resultantes das eventuais perdas provenientes daqueles créditos", pode-se ler no relatório semestral da empresa.

 

Isto é, o Montepio prefere estar a colocar dinheiro de lado agora para a instituição não se ressentir com estas perdas mais tarde.

 

Mas qual é a exposição do Montepio Geral ao Grupo Espírito Santo? A instituição não revelou valores, mas já foram avançados dois montantes até ao momento.

 

A RTP avançou hoje que a exposição ascende aos 150 milhões de euros, sendo que entre Dezembro e Junho, a instituição terá investido 120 milhões de euros no ramo da hotelaria do GES, mais 30 milhões na Rioforte. Já o jornal Público avançou a 19 de Julho que a exposição poderá ultrapassar os 200 milhões de euros.

 

Depois do BES, o Montepio Geral poderá ser assim outro dos bancos a ser alvo de um auditoria forense. O Governador do Banco de Portugal avançou recentemente que, além da instituição de Ricardo Salgado, existiam mais três instituições a serem auscultadas.

 

"Não é a primeira, é a quarta que fazemos. Esta foi a que ganhou mais publicidade por força das circunstâncias. Mas estão três auditorias forenses já em desenvolvimento noutras circunstâncias, noutras instituições", disse Carlos Costa no Parlamento no dia 8 de Agosto.

 

Questionado pelo Negócios na altura, o Banco de Portugal escusou-se no entanto a avançar qual o nome das restantes instituições.

 

Sobre esta auditoria forense, o Montepio Geral disse à RTP que "as auditorias acontecem com regularidade, todos os anos, com incidências diferentes em anos diferentes e não só são normais como desejáveis".

 

Uma auditoria forense é um "instrumento complementar de supervisão que visam confirmar o cumprimento rigoroso das matérias que se inscrevam nas competências do Banco de Portugal", explicou recentemente fonte do Banco de Portugal ao Negócios.

 

Mas a situação das outras três instituições que estão a ser analisadas, entre as quais se poderá encontrar o Montepio Geral, tem um "carácter muito pontual e não tem o grau de materialidade que justificou a auditoria forense ao BES", disse a mesma fonte.

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