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Balanço do Novo Banco "está praticamente concluído" com processo de venda em acção

A conclusão do balanço do Novo Banco vai permitir um "diálogo mais sólido" com os interlocutores. O processo de venda rápida da instituição, que é agora liderada por Eduardo Stock da Cunha, já arrancou. O Verão de 2015 é o limite.

Bruno Simão/Negócios
15 de Setembro de 2014 às 13:44
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O balanço de abertura do Novo Banco, incorporando os dados operacionais e financeiros mais recentes, "está praticamente concluído", afirma Vítor Bento, que deixou este fim-de-semana de ser presidente daquela instituição financeira.

 

Havia já um balanço (que, de uma forma simplista, mostra o que o banco tem - activo - e o que banco deve - passivo), na base do qual tinham sido calculadas as necessidades de capital do Novo Banco, estimadas em 4,9 mil milhões de euros, que corresponde ao valor da capitalização. Um balanço do qual estavam já retirados os activos considerados problemáticos que tinham sido transferidos para o veículo financeiro tóxico (o chamado banco mau).

 

O balanço de abertura do banco, ainda que "não auditado", está então perto de ser concluído. "O que permitirá um diálogo mais sólido com as várias contrapartes dos negócios do Banco e com as agências de ‘rating’", sublinha Vítor Bento, na missiva que dirige aos trabalhadores do banco cuja administração abandonou este fim-de-semana, por discordância com o projecto de alienação rápida do banco.

 

É, aliás, sobre essa venda que Vítor Bento também fala na carta aos trabalhadores, repetindo uma expressão já utilizada na carta de demissão anunciada no sábado. "Foi já encetado um processo para a rápida venda do banco, gerido pelo fundo de resolução e pelo Banco de Portugal", acrescenta o antigo responsável.

 

Eduardo Stock da Cunha virá substituir Vítor Bento na liderança do Novo Banco através de uma comissão de serviço permitida pelo seu actual empregador, o Lloyds. Conforme avança o Negócios, apesar da comissão ser de um ano, o objectivo é que a venda possa ocorrer no prazo de seis meses.

 

"A prioridade do fundo de resolução e do Banco de Portugal foi sempre e continua a ser salvaguardar o interesse dos clientes do Novo Banco, dos seus trabalhadores e do sistema financeiro. Tal exige que num prazo tão curto quanto razoavelmente exequível, o Novo Banco passe a contar com uma estrutura acionista estável e que garanta o desenvolvimento de um projeto criador de valor para a instituição, para os seus trabalhadores, para o sistema financeiro e para a economia nacional", indicava o regulador liderado por Carlos Costa no comunicado em que anunciou a nova equipa de administração do Novo Banco.

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