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Avaliação de 700 milhões da Tranquilidade tinha bases "bastante ambiciosas"

A administração da seguradora tinha perspectivas de negócios que passavam pela expansão internacional e é por esse motivo que foi avaliada em 700 milhões pelo BESI.

Bruno simão
13 de Janeiro de 2015 às 19:42
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Um dos antigos gestores do Banco Espírito Santo, António Souto (na foto), considerou esta terça-feira, 13 de Janeiro, que a avaliação de 700 milhões de euros reconhecida no início do ano à seguradora do GES Tranquilidade tinha um ponto de partida optimista.

 

"Essa avaliação foi feita tendo em conta perspectivas de negócio bastante ambiciosas por parte do conselho de administração executivo da Tranquilidade", sublinhou António Souto na audição da comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES.

 

Essas "ambições de crescimento" passavam não só pelo território nacional. Havia uma expansão para outros mercados, "nomeadamente no angolano, onde estava a desenvolver uma actividade, ainda recente, mas com muito boas perspectivas". Também se previa o reaparecimento da Tranquilidade em Espanha. "Tinha vários factores que possibilitavam ter essas ambições de crescimento do negócio que foram referidas pela comissão executiva da Tranquilidade".

 

Embora rejeite ter pormenores sobre este tema, diz que foi esta a base do trabalho de avaliação feito pelo BES Investimento que chegou aos 700 milhões – e que foram depois reconhecidos pela auditora externa da Tranquilidade.

 

O valor da seguradora tem sido questionado na comissão de inquérito, pelo facto de o fundo norte-americano Apollo ter apenas aceite pagar 50 milhões pela seguradora e injectar directamente outros 150 milhões. Isto porque, pelo meio, a Tranquilidade decidiu investir 150 milhões em dívida do GES, que a descapitalizou. Aliás, antes disso, havia um fundo internacional, contou António Souto, disposto a pagar os 700 milhões pela seguradora. 

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