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Fiscalidade verde não é suficiente para levar empresas a comprar carros "verdes"

O Governo tem procurado despenalizar a carga fiscal dos veículos mais “amigos do ambiente”. O esforço tem aumentado a procura, apesar dos veículos a diesel continuarem a mostrar-se a opção mais viável para as empresas.

BMW i3 protótipo eléctrico
16 de Março de 2015 às 13:15
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As alterações levadas a cabo pelo Governo na reforma da fiscalidade verde não são suficientes para levar as empresas nacionais a alterarem as suas frotas para veículos considerados "verdes".

 

A gestora de frotas LeasePlan analisou seis segmentos automóveis e concluiu que, em metade das categorias, os veículos a diesel (gasóleo) continuam a ser a opção mais rentável para as companhias. A opção é a melhor em veículos utilitários, comerciais ligeiros e familiares pequenos.

 

Neste último segmento, os veículos eléctricos também poderão ser uma boa escolha, embora as vantagens se reforcem quando se ascende à categoria "premium" destes. As viaturas movidas a GPL são a melhor opção para os veículos familiares médios, podendo representar uma poupança até 22%. Os híbridos plug-in são os que apresentam mais vantagens nos veículos familiares médios "premium".

 

Apesar de já se começar a sentir um interesse maior por parte das empresas na utilização destes veículos nas suas frotas, a incerteza sobre a manutenção dos benefícios fiscais no futuro não tem ajudado à consolidação do cenário.

 

"Há alguma competitividade [dos veículos "verdes"], mas está assente em benefícios fiscais que, de um ano para o outro, podem ser alterados", reforça André Freire, consultor da LeasePlan. A incerteza quanto ao desempenho deste tipo de veículos no mercado de usados no futuro – sobretudo os eléctricos pelos custos e autonomias das baterias - também não ajuda.

 

"Havendo garantia da fiscalidade, a apetência por este tipo de veículos subiria consideravelmente", assegura Ricardo Silva da LeasePlan. Até porque, face a 2014, as alterações à fiscalidade verde representaram redução de custos totais de utilização nestes veículos "amigos do ambiente".

 

A redução vai dos 6% nos veículos GPL até aos 24% nos veículos híbridos "plug-in", passando pelos 12% nos eléctricos. Também os menores custos de manutenção poderão representar um elemento chamativo para as empresas na constituição ou renovação das suas frotas.

 

Os sectores da distribuição e das tecnologias são os que mais apostam nestes veículos verdes, sobretudo pela sua política de responsabilidade social. A perspectiva é de que "o leque de empresas com predisposição para este tipo de carro aumente", prevê Pedro Pessoa, director comercial da LeasePlan. "Já se começa a sentir um interessa diferente [pela utilização destes veículo]", diz.

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