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Carros mais poluentes vão pagar mais ISV
O Governo avançou, no âmbito da "Fiscalidade Verde", com o agravamento das taxas de Imposto Sobre Veículos em função das emissões de CO2.
Os automóveis com maiores emissões de gases poluentes vão ficar mais caros. Tendo em conta as alterações introduzidas no âmbito da "Fiscalidade Verde", haverá um agravamento do Imposto Sobre Veículos (ISV), o acabará por ter um impacto no valor de venda ao público. Os veículos "verdes", nomeadamente os híbridos, vêem o desconto do imposto aumentar. Têm um bónus de 60%.
O Governo apresentou uma revisão das taxas de imposto, elevando tanto o custo na componente da cilindrada como na ambiental, para veículos a gasolina e a gasóleo. De acordo com os cálculos do Negócios, as taxas sofreram um agravamento de 3%, o que acabará por se traduzir num valor de comercialização mais elevado do que aquele que é praticado actualmente.
Com esta medida e a introdução do limite máximo de emissões de CO2 para a atribuição do benefício de 70% no caso dos táxis, o Governo estima um impacto na receita com o ISV na ordem dos 28 milhões de euros. Na proposta de Orçamento do Estado, o Governo refere que "para 2015, prevê-se uma melhoria da receita para 559,5 milhões de euros". Este valor, que compara com os 463,9 milhões de euros previstos para este ano, deverá já reflectir a menor receita obtida com os veículos "verdes".
No âmbito da "Fiscalidade Verde", o Executivo reviu as taxas intermédias de ISV, elevando o desconto máximo para 60% do valor do imposto para automóveis híbridos. Mas nem todos os híbridos ganham. Os "plug-in", ou seja, que carregam as baterias com uma ligação à corrente eléctrica, ficam apenas com uma dedução de 25% quando antes, não havendo diferenciação, tinham 50%.
Menor benefício passam também a ter os veículos a GPL. No documento revelado esta quinta-feira pode ler-se que é aplicado um desconto de "40% aos automóveis ligeiros de passageiros que utilizem exclusivamente como combustível gases de petróleo liquefeito (GPL) ou gás natural". Até aqui era de 50%.
(notícia actualizada às 22h30 com mais informação)