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Novas pensões antecipadas terão corte de 14,7% em 2019. Mas há excepções
O corte aplicado através do factor de sustentabilidade será de 14,67%, de acordo com os cálculos que resultam dos dados sobre esperança média de vida que acabam de ser publicados pelo INE.
As novas pensões antecipadas das pessoas que aos 60 anos de idade não tenham 40 anos de carreira terão no próximo ano um corte à cabeça de 14,67%, devido à aplicação do factor de sustentabilidade.
O corte foi calculado pelo Negócios a partir dos dados sobre a esperança média de vida que acabam de ser publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O factor de sustentabilidade, que este ano foi de 14,5%, e que sobe à medida de aumenta a esperança média de vida, é um dos cortes aplicados às pensões antecipadas e soma-se a outra redução de 0,5% por cada mês que falte para a idade da reforma.
Mas o corte não ia acabar?
O factor de sustentabilidade vai continuar a aplicar-se às pensões antecipadas, mas o Governo vai abrir excepções.
A lei do orçamento do Estado para 2019, que já foi aprovada, prevê o fim gradual do corte para as as pessoas que aos 60 anos já tenham 40 anos de carreira. Para que isso aconteça é necessário que a pessoa tenha começado a trabalhar aos 20 anos de idade, ou antes, e que todos os anos tenha descontos para a Segurança Social.
Assim, a partir de Janeiro este corte de 14,7% deixará de se aplicar às novas pensões de pessoas que tendo 63 anos ou mais cumpram a condição acima descrita (ter completado 40 anos de descontos quando fizeram 60 anos); e a partir de Outubro a todos os que tenham 60 anos ou mais e também cumpram essa condição.
Estas pessoas continuarão no entanto a sofrer a redução de 0,5% por cada ano que falte para a idade da reforma, que será de 66 anos e 5 meses tanto em 2019 como em 2020.
Por outro lado, o Governo eliminou os cortes para carreiras contributivas realmente muito longas e ainda pondera aprovar uma nova idade pessoal de reforma para quem tem um longo período de descontos.
A ideia é que as novas regras se estendam à CGA e eventualmente a outros regimes, apesar de não estar absolutamente claro quando é que isso acontece.
E quem não cumpre a condição?
Que só completar os 40 anos de descontos quando faz 61 anos, 62 anos, ou mais tarde, vai continuar a poder reformar-se pelo menos ao longo do próximo ano, segundo assegurou o Governo, recuando face à intenção original.
Nestes casos continuarão a aplicar-se os dois cortes: o do factor de sustentabilidade (14,67%) e o de 0,5% por cada mês que falte para a idade da reforma (6% por cada ano).
Notícia actualizada pela última vez às 13:49. Corrigiu-se o parágrafo que explica quem é abrangido pela nova regra em Janeiro.