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Pai do SNS diz que há uma direita liderada por “neoliberal assanhado” no poder contra Serviço Nacional de Saúde

O advogado e antigo governante António Arnaut, muitas vezes referido como pai do SNS, afirmou este sábado, 16 de Maio, que há "uma direita reaccionária" no poder em Portugal, "presidida por um neoliberal assanhado", que não tem sensibilidade e está contra o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

16 de Maio de 2015 às 23:20
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Há "gente de direita que defende o SNS [Serviço Nacional de Saúde], há uma direita social – não esquecer – que defende a doutrina social da Igreja [católica]", ressalvou António Arnaut, que falava na sessão de encerramento da conferência "Defender o SNS. Promover a saúde", que este sábado, 16 de Maio, decorreu em Coimbra, por iniciativa do PS.

 

Mas também há "uma direita reaccionária, que é a que está no poder, presidida por um neoliberal assanhado, que não tem sensibilidade social nenhuma" e não defende o SNS, sustentou o antigo dirigente socialista e fundador do SNS.

 

"O SNS tem resistido pela sua grande força na consciência popular", sublinhou.

Em 2012, "só a ADSE [subsistema de saúde para funcionários e agentes da administração pública] pagou 500 milhões de euros" a prestadores de cuidados de saúde privados, afirmou António Arnaut, questionando se "esses serviços" entregues a privados não poderiam ter sido desempenhados pelo SNS.

 

"Nos últimos anos, o SNS perdeu quatro mil camas" e o sector privado "aumentou duas mil camas", salientou o antigo ministro dos Assuntos Sociais, apontando estes dados como outro dos indicadores que revelam que o actual Governo está contra o SNS e a favorecer o sector privado, que nunca "esteve tão viçoso" como agora.

 

"Se não fosse a Constituição da Republica" a actual maioria "já tinha revogado o SNS", afirmou.

O Estado social é a marca identitária do PS e o SNS é a sua "trave mestra", conclui António Arnaut, depois de considerar que "sem o PS não teria havido SNS" e que a respectiva legislação (Lei nº 56/79, de 15 de Setembro) foi aprovada pela Assembleia da República, há 35 anos, com os votos contrários dos partidos que formam a coligação que actualmente está no poder.

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