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António Costa: Portugueses só festejarão saída da "troika" quando Governo "for embora"

António Costa, líder do PS, comentou este sábado, 16 de Maio, o jantar que esta noite a coligação vai fazer, com Passos Coelho e Paulo Portas, para assinalar um ano da saída da troika. Também Jerónimo de Sousa criticou o evento.

Bruno Simão/Negócios
16 de Maio de 2015 às 19:20
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O secretário-geral do PS, António Costa, disse este sábado, 16 de Maio, em Coimbra que os portugueses só festejarão a saída da troika de Portugal quando "este Governo se for embora", porque ele é "pior do que a troika".

 

António Costa comentava assim uma notícia que disse ter lido na comunicação social e na qual se referia que a "coligação de direita" ia "fazer uma jantarada para festejar a partida da troika".

 

O líder socialista disse ter ficado "intrigado" já que, acrescentou, a coligação PSD/CDS-PP quis ir, nas suas políticas, além da troika e continuou a política da troika depois de terminado o programa de assistência financeira a Portugal (no início de maio do ano passado).

 

António Costa falava na sessão de encerramento de um debate sobre o Serviço Nacional de Saúde, promovido pelo PS em Coimbra, no âmbito da definição de políticas para a criação de uma alternativa que o partido pretende ser nas próximas eleições legislativas.

 

Também o secretário-geral do PCP criticou o jantar, dizendo ser um "acto de cinismo e descaramento".

 

O PSD e CDS-PP, "hoje mesmo, decidiram, num acto de cinismo e descaramento, ir a Guimarães, simbolicamente ao berço da pátria, fazer questão de assinalar um ano de independência da ‘troika’", afirmou, em Coimbra, Jerónimo de Sousa, sublinhando que estes foram os mesmos partidos que "assinaram o acto de rendição à ‘troika' sem o mínimo de dignidade patriótica".

 

Para além da "rendição", a coligação tudo fez "para tornar esta decisão uma inevitabilidade", querendo agora aparecer, "aos olhos dos portugueses", como "os grandes libertadores do país", criticou.

 

"Eles, que se prestaram à mais humilhante submissão face ao directório das grandes potências, particularmente a servir a visão da Alemanha e dos seus interesses de potência hegemónica na Europa, que tudo calaram, obedientes e dóceis, vão agora fanfarrões e fingidos levantar em Guimarães o esplendor de Portugal", protestou o secretário-geral comunista, que falava no encerramento da Assembleia da Organização Regional do PCP Coimbra, na Casa da Cultura.

 

Jerónimo de Sousa sublinhou ainda que os mesmos partidos que hoje celebram um ano de saída da ‘troika’ são os mesmos que "golpeiam" a soberania económica de Portugal, "vendendo as nossas empresas como bacalhau a pataco".

 

Os líderes do PSD e do CDS-PP assinalam o primeiro aniversário da saída da 'troika' de Portugal, num jantar em Mesão Frio (Guimarães).

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