Marcelo Rebelo de Sousa deverá ser eleito Presidente da República já no próximo domingo, 24 de Janeiro. A sondagem da Intercampus para a TSF, Público e TVI, divulgada esta quinta-feira, 21 de Janeiro, atribui a vitória a Marcelo Rebelo de Sousa nas presidenciais deste domingo, com 51,8% dos votos.

O professor Marcelo mantém-se assim acima da barreira dos 50%, resultado que o antigo presidente do PSD definiu como meta para estas eleições de forma a evitar a ida a uma segunda volta. No entanto, levando em linha de conta a margem de erro em torno dos 3% desta sondagem, constata-se que Marcelo Rebelo de Sousa poderá não atingir esse objectivo, o que obrigaria a uma segunda volta no dia 14 de Fevereiro.

Já Sampaio da Nóvoa, com 16,9% das intenções de voto, parece ter consolidado a segunda posição, afirmando-se, aparentemente, como grande favorito ao segundo lugar, com um resultado que lhe permite ainda sonhar com uma segunda volta, algo que só aconteceu em 1986 quando Mário Soares venceu Freitas do Amaral na segunda volta depois de ter ficado em segundo no primeiro acto eleitoral.

Pelo seu lado, Maria de Belém parece ter perdido irremediavelmente distância para Nóvoa, ficando-se por 10,1%, a quase sete pontos percentuais do antigo reitor da Universidade de Lisboa. A ex-presidente do PS parece ter sido penalizada pela polémica em torno do pedido de inconstitucionalidade à lei que dificultava o recebimento de subvenções vitalícias por parte dos ex-titulares de cargos públicos.

Esta sondagem da Intercampus, realizada entre os dias 14 e 20 de Janeiro, integra já, pelo menos parcialmente, os efeitos decorrentes do facto de o nome de Maria de Belém constar entre os 30 deputados que de forma anónima fizeram a petição ao Tribunal Constitucional.

Também Marisa Matias, eurodeputada e candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda, surge já com uma distância algo confortável em relação ao seu principal adversário na luta pelo quarto lugar, Edgar Silva, candidato apoiado pelo PCP. A bloquista consegue 7,9% das intenções de voto e o candidato comunista fica-se pelos 4,6%.

Na casa dos 2% surgem três candidatos: Paulo de Morais (2,9%), Vitorino Silva (2,5%) e Henrique Neto (2,3%).