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Sondagens dão eleição de Marcelo à primeira volta
Marcelo Rebelo de Sousa mantém-se firme à frente dos estudos de opinião, que apontam para a sua eleição à primeira volta. Mas duas das três sondagens ontem conhecidas deixam aberta a possibilidade de Nóvoa ir a uma segunda volta com Marcelo.
As três sondagens conhecidas esta quinta-feira vieram confirmar a tendência de vitória e eleição de Marcelo Rebelo de Sousa logo à primeira volta. No entanto, apesar de continuar destacado na liderança das sondagens, a margem de erro em duas, Aximage e Intercampus, deixa em aberto a hipótese de o professor Marcelo não atingir a fasquia dos 50% mais um dos votos. O que obrigaria à realização de uma segunda volta, algo que não acontece desde que, em 1986, Mário Soares obrigou Freitas do Amaral a um segundo acto eleitoral.
Dos três estudos de opinião conhecidos a pouco mais de um dia do fim da campanha eleitoral, marcado para as 23:59 desta sexta-feira, apenas a sondagem realizada pela Eurosondagem para a SIC e o Expresso, descontando a margem de erro, mantém Marcelo com mais de 50% dos votos.
Mas se a vantagem de Marcelo em relação aos restantes candidatos é já um dado adquirido, também a distância alcançada por Sampaio da Nóvoa em relação a Maria de Belém parece ser já uma realidade difícil de desmentir. Em paralelo à subida conseguida nas duas últimas semanas pelo antigo reitor da Universidade de Lisboa para valores em torno dos 20%, verifica-se uma clara perda de fôlego da antiga presidente do PS.
Já Marisa Matias, apoiada pelo BE, e Edgar Silva, candidato comunista, surgem próximos na corrida pelo quarto lugar, embora a candidata bloquista surja melhor posicionada.
Nóvoa sonha com segunda volta
A tendência de perda nas intenções de voto por parte da candidatura protagonizada por Maria de Belém, cuja queda se torna mais expressiva na segunda metade do presente mês de Janeiro, é dificilmente indissociável da polémica em torno das subvenções vitalícias. Na passada segunda-feira foi tornado público que Belém estava entre os deputados que, de forma anónima, pediram ao Tribunal Constitucional a devolução dos cortes às subvenções vitalícias. E apesar de o estudo da Eurosondagem, realizado até esta segunda-feira, não contemplar ainda todos os efeitos que este caso poderá implicar na votação de Belém, que mantém intenções de voto acima dos 13%, a própria candidata, esta quinta-feira, à chegada a um almoço-comício realizado em Lisboa, admitiu que a polémica em torno do pedido de verificação de constitucionalidade ao fim das subvenções "pode ser muito prejudicial" para a sua candidatura.
O candidato apoiado pelos três ex-presidentes da República poderá ainda beneficiar da conjugação de dois factores: Habitualmente o vencedor das eleições presidenciais fica aquém dos números obtidos nas sondagens; e há uma tendência para os candidatos independentes – Sampaio da Nóvoa não recolheu apoio directo de nenhum dos partidos representados no Parlamento – serem penalizados nas sondagens.
Não abdico de defender a minha coerência e de afirmar que lutarei [...] pelos meus direitos." Maria de Belém Candidata à presidência da República