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Paulo Portas: PS não vai "evidentemente" ganhar as eleições

O vice-primeiro-ministro disse, na sexta-feira à noite, que o PS "não vai, evidentemente, ganhar as próximas eleições legislativas", porque os portugueses sabem quem trouxe a 'troika' e quem, por outro lado, protege a recuperação económica.

Paulo Duarte
13 de Junho de 2015 às 13:12
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Paulo Portas considerou que existe no seio do PS um ambiente de vitória, mas "talvez estejam enganados porque em Portugal não há Frente Nacional, não há Podemos e não há Syriza".

 

"O risco com o PS no Governo é voltar a ter o Fundo Monetário Internacional [FMI] em Portugal, não para depender dele como parceiro, mas como devedor e, isso, não é bom", afirmou Paulo Portas durante a sessão de comemoração dos 40 anos do CDS-PP, em Vila Real.

 

O vice-primeiro-ministro frisou que Portugal saiu dos "cuidados intensivos" e está a caminhar pelo seu próprio pé, com o aumento do investimento e exportações e melhoria do emprego, mas só vai continuar a melhorar se os portugueses não puserem "tudo em causa" voltando às políticas de 2011.

 

Nas próximas eleições legislativas "o que está em causa é por um lado as garantias, por outro as promessas", frisou.

 

"A proposta da maioria é credível pelo facto de podermos ir eliminando a sobretaxa do IRS e ir repondo os salários da administração pública, porque deixamos o défice abaixo de 3% e a dívida com controlo", realçou.

 

Paulo Portas pediu "cuidado" com a "demagogia" do PS, quando aquele partido afirma que elimina a sobretaxa do IRS mais depressa e repõe os salários com maior celeridade. "Esquecem-se que põem o défice acima do nível a partir do qual há sanções e não controlam a dívida porque a colocam dez pontos acima da nossa proposta", salientou.

 

Segundo o governante, o líder do PS, António Costa, dispara o défice e a dívida com uma mão, mas com a outra diz que resolve tudo mais depressa.

 

"Se ele não controla a despesa com uma mão, não pode fazer o que anda a dizer que vai fazer com a outra mão", declarou, acrescentando que "o PS repõe tanta coisa ao mesmo tempo que, qualquer dia, repõe a 'troika'".

 

Na sua opinião, o PS está a dar sinais "errados e perigosos" aos investidores, porque está a pôr "tudo em causa" num país em recuperação. "Apelo não à memória do PS, mas ao seu sentido de responsabilidade", destacou.

 

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