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Francisco Assis reitera estar contra "uma hipotética maioria de esquerda"

Francisco Assis responde às críticas de António Costa e de outros membros do PS, considerando que "há horas em que o silêncio é um refúgio eticamente inabalável". E reitera a ideia de ser contra um Governo assente "numa hipotética maioria de esquerda".

22 de Outubro de 2015 às 11:06
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Para Francisco Assis "há horas na vida política em que o silêncio é um refúgio eticamente inabalável". E, nessas ocasiões, "todos temos o dever de assumir publicamente uma posição clara", diz num artigo de opinião publicado esta quinta-feira 22 de Outubro no Público.

No seu artigo de opinião, publicado esta quinta-feira, Francisco Assis refere ainda que é "contra a ideia de constituição de um qualquer Governo assente numa hipotética maioria de esquerda", reiterando assim a ideia que já na semana passada tinha defendido.

Para o eurodeputado "o PS devia assumir em toda a plenitude o estatuto de principal partido da oposição, impondo sérias limitações à acção do governo e não desvalorizando as convergências possíveis com os partidos situados à sua esquerda".

Francisco Assis confessa ainda que no momento em que escrevia o artigo, não conseguia

Raramente me assistiu uma tão profunda convicção de ter razão.
Francisco Assis

aperceber-se "do grau de adesão a esta tese no interior do meu partido", acrescentando que "pouco importa. Raramente me assistiu uma tão profunda convicção de ter razão. O pior que pode acontecer a um político é ter receio da solidão", conclui.

Estas considerações do eurodeputado do PS surgem depois de alguns responsáveis do PS terem criticado as críticas que foram feitas por alguns membros do partido sobre as negociações com os restantes partidos da esquerda para formarem Governo, em vez darem espaço à coligação PSD/CDS para formar Governo. Francisco Assis foi um dos visados pelas críticas, depois de ter tomado uma posição sobre o assunto, considerando que a melhor solução é o PS assumir liderança da oposição. Uma posição, que aliada a outras, levou mesmo o líder do PS, António Costa a recusar comentar declarações de figuras do partido que "não estando a acompanhar as negociações, desconhecem o que está a ser tratado".

"Acho que os balanços se devem fazer no final das negociações e não vou sobretudo fazer comentários sobre quem, não estando a acompanhar as negociações, desconhece o que é que está a ser tratado, e fala muitas vezes como não tendo percepcionado que já há uma mudança muito importante", disse António Costa a 15 de Outubro.

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