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Eleições legislativas: Bloco, CDS e PSD apontam para Setembro, PCP e Os Verdes preferem Outubro

O Presidente da República já ouviu os representantes do Bloco de Esquerda, de Os Verdes, do PCP, do CDS e do PSD. A lei estipula quatro datas possíveis para realizar as eleições legislativas – 20 ou 27 de Setembro; 4 ou 11 de Outubro.

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Cavaco Silva já começou a receber os partidos com assento parlamentar, para ouvir as respectivas opiniões sobre a data em que devem ser marcadas as eleições legislativas.

Os Verdes foram o primeiro partido a ser recebido pelo Chefe de Estado no Palácio de Belém. No final do encontro, Heloísa Apolónia revelou que o seu partido tem preferência por 4 ou 11 de Outubro mas não manifestou "uma preferência exacta relativamente ao dia".

Heloísa Apolónia considera que realizar as eleições no mês de Outubro permite afastar a campanha eleitoral da "época de férias e também da época mais atribulada do início do ano lectivo". "Julgamos que isso é importante para que com a maior serenidade toda a gente possa participar de uma forma intensa, estejam dispostos a conhecer as propostas dos partidos e a debater as propostas dos partidos", acrescentou.

Na mesma linha, o secretário-geral do PCP defende que as legislativas devem realizar-se em Outubro. Jerónimo de Sousa argumenta que em Setembro há uma "dificuldade objectiva", uma vez que "muita gente ainda não acabou as suas férias", além de que há agora "a possibilidade de arrastamento de uma semana para a abertura do ano escolar", o que, do seu ponto de vista, condiciona a participação.

Já Catarina Martins, porta-voz do Bloco de Esquerda, defende que as eleições tenham lugar ainda em Setembro, no dia 27, altura em que o ano lectivo já começou e quotidiano dos portugueses já regressou à normalidade.

O CDS, por seu turno, apesar de apontar baterias para os dois meses, dando como possíveis os dias 27 de Setembro ou 04 de Outubro, manifesta uma preferência pela primeira data, afirmou o vice-presidente do CDS-PP Nuno Melo, em declarações aos jornalistas no final de uma audiência com o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva.

Como seria expectável, o PSD defende a mesma posição que o outro partido da coligação. Marco António Costa disse aos jornalistas após a reunião com o Presidente da República que a data preferencial é 27 de Setembro, sendo que "o dia 4 [de Outubro] é uma data perfeitamente possível".

A lei estipula quatro datas possíveis para realizar as eleições legislativas – 20 ou 27 de Setembro; 4 ou 11 de Outubro. Cavaco Silva já deu a entender que prefere 4 de Outubro mas o PSD inclina-se para 27 de Setembro.

O Presidente deve convocar as eleições com uma antecedência mínima de 60 dias, pelo que se quiser mesmo marcar o escrutínio para 4 de Outubro, Cavaco terá de marcar as eleições até 4 de Agosto.

A posição dos partidos já foi sendo revelada: em entrevista à SIC, António Costa disse não fazer questão por 27 de Setembro ou 4 de Outubro (ainda que Ferro Rodrigues já tenha dito ao Diário Económico que "quanto mais cedo melhor").

Já no PSD, como se verificou, a preferência recai nas primeiras datas, isto é, ainda em Setembro. Fonte oficial dos social-democratas dissera ao Expresso que Setembro era a data preferida porque "quanto mais depressa melhor". A data defendida pelo PSD é, naturalmente, a mesma do CDS, uma vez que os dois partidos vão coligados às eleições.

O PCP, igualmente ao Expresso, dissera preferir "uma das datas mais adiantadas apontadas", como se veio a verificar.


O Presidente da República deu a entender, numa conversa informal com jornalistas na viagem à Noruega, há dois meses, que se inclina para 4 de Outubro, até porque só em 2009 é que elas se realizaram em Setembro - e só para não coincidirem com as autárquicas.

(Notícia actualizada às 18h16)

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