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Costa: PS terá soluções de governabilidade sem maioria absoluta

O secretário-geral do PS afirmou na quarta-feira que, se obtiver maioria relativa, não deixará o país no caos político, defendendo que o seu partido é um referencial de estabilidade no sistema político e terá soluções de governabilidade.

01 de Outubro de 2015 às 01:08
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António Costa deixou esta mensagem, na parte final do seu discurso no comício socialista de Santa Maria da Feira, depois de ter reiterado a promessa de que um Governo de maioria absoluta do PS não dispensará o diálogo político e social.

 

"Se por alguma razão não tivermos maioria absoluta, não deixaremos o país no caos, porque somos, sempre fomos e sempre seremos o grande referencial de estabilidade do país. Somos aqueles que sabem abrir e lançar pontes, mobilizar todos, estabelecer diálogo e unir o país, encontrando soluções de governabilidade para o país", declarou o líder socialista.

 

Num discurso com cerca de 30 minutos, António Costa começou por fazer rasgados elogios à intervenção anterior, que esteve a cargo do líder da Federação de Aveiro do PS, Pedro Nuno Santos (apontado como potencial futuro candidato a secretário-geral deste partido), considerando que fez um "extraordinário" discurso ao apresentar um "trágico retrato da situação do país".

 

Depois, António Costa visou indirectamente as sondagens que colocam o PS atrás da coligação PSD/CDS, frisando que no domingo, "finalmente, cada português vai poder escolher o caminho do país e que Governo quer para Portugal".

 

"É, portanto, um momento decisivo e em que cada um dos votos é decisivo para o resultado final. Aquilo que tenho sentido em todo o país, aquilo que sinto hoje aqui em Santa Maria da Feira é que no domingo os portugueses vão sair à rua, vão às urnas, vão derrotar a coligação de direita e dar uma grande vitória ao PS", declarou o secretário-geral socialista.

 

Tal como nos dias anteriores, Costa prosseguiu a dramatização sobre o carácter decisivo das eleições legislativas, dizendo estar em causa "o amanhã das famílias, das pessoas e das empresas" e voltou a acusar o Governo de ter "traído a palavra dada" aos portugueses na campanha das legislativas de 2011.

 

"Temos um programa e uma equipa para cumprir o programa que vos apresentamos. Um programa que foi avaliado e que tem as contas feitas. Quem passa o tempo a olhar para o passado não consegue perceber o futuro", sustentou, numa nova crítica ao executivo PSD/CDS-PP.

 

Numa intervenção sem referências directas aos partidos à esquerda do PS, António Costa advertiu mesmo assim que seria "uma aventura" e "uma tragédia" retirar Portugal da zona euro, contrapondo que a participação do país na zona euro implica "regras", embora essas mesmas regras devam ser "adaptadas às necessidades da economia portuguesa".

 

Em relação à coligação PSD/CDS-PP, António Costa considerou-a esgotada". "Temos de nos libertar deste ciclo de mais do mesmo", afirmou, apontando em seguida o dedo aos partidos do actual Governo por apenas reporem os cortes salariais dos trabalhadores do sector público no final da próxima legislatura, o mesmo se passando com a devolução da sobretaxa de IRS. "E já se comprometeram com Bruxelas em cortar mais 600 milhões de euros nas pensões. Temos de abrir um novo ciclo de esperança", completou o líder socialista. 

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