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Sondagem: PSD apanha PS nas intenções de voto com oito eurodeputados para cada

A sondagem de abril da Aximage coloca PS e PSD praticamente empatados quando falta pouco mais de um mês para as europeias. CDU reforça terceira posição mas perde um eurodeputado.

18 de Abril de 2019 às 08:00
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Três meses bastaram para Pedro Marques perder a liderança destacada nas sondagens e ver ameaçada a vitória nas eleições europeias de 26 de maio.

A sondagem de abril da Aximage para o Negócios e o CM atribui 33,6% das intenções à lista do PS encabeçada pelo ex-ministro do Planeamento e 31,1% ao PSD, cujo cabeça-de-lista é o eurodeputado Paulo Rangel.

Depois de em dois meses terem registado um crescimento próximo de 50%, os sociais-democratas avançam agora 2 pontos percentuais face ao estudo de opinião da Aximage de março. Já o PS, que no mês passado se mantinha estável, agora regista uma queda de meio ponto.

A evolução nas intenções de voto entre esquerda e direita apresenta uma variação inversa no que diz respeito aos outros partidos atualmente representados no Parlamento Europeu.

A CDU (coligação eleitoral entre PCP e Verdes) solidifica a terceira posição com uma ligeira subida para 9,4% e o Bloco de Esquerda cresce perto de meio ponto para 8%. Em sentido contrário, o CDS recua para 6,8%. Ainda no espetro partidário à direita, a Aliança cai de 2% para 1,3%. Também em perda surge o PAN com 1,3%.

Só PSD e Bloco ganham deputados
A distribuição das intenções de voto em número de deputados eleitos só é favorável ao PSD e ao Bloco. Os sociais-democratas passariam dos atuais seis eurodeputados para oito e a lista liderada pela bloquista Marisa Matias garantiria um segundo membro no PE. PS (oito) e CDS (um) manteriam o mesmo número de deputados eleitos em 2014, ficando a CDU como maior perdedor ao ver reduzida a representação de três para dois eurodeputados.

Afinal Pedro Marques pode não imitar Soares
Em poucos meses aquilo que parecia favas contadas para a candidatura de Pedro Marques passou a ser uma disputa taco-a-taco pela vitória entre o socialista e Paulo Rangel, pela terceira vez candidato ao PE.

No início da semana, Pedro Marques afirmou que a meta socialista passa por vencer as europeias "de forma clara". Há cinco anos o PS venceu a aliança PSD-CDS por menos de 4 pontos percentuais, resultado que António Costa considerou ser "poucochinho" e que o levou a desafiar a liderança socialista de António José Seguro. Esta sondagem da Aximage cifra a diferença em apenas 2,5 pontos.

Pedro Marques acrescentou ainda como objetivo ganhar "pela segunda vez na história do PS" estas eleições estando o partido no Governo. Só em 1999 o partido em funções governativas venceu eleições europeias - o PS, com uma candidatura protagonizada por Mário Soares.

A confirmação da tendência de quebra de Pedro Marques surge na mesma semana em que o Público citava uma fonte próxima do candidato a queixar-se da ausência do PS na campanha , excetuando as aparições do primeiro-ministro aos fins de semana.

Por outro lado, esta queda do PS surge em paralelo à descida do partido nas intenções de voto nas legislativas, isto numa altura em que as nomeações de familiares para os gabinetes do Governo parecem prejudicar os socialistas.

O próprio António Costa tem tentado governamentalizar as europeias ao pedir aos portugueses que apoiem o PS nesta eleição com um "voto de confiança ao Governo".



FICHA TÉCNICA

Universo: indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com telefone fixo no lar ou possuidor de telemóvel.

Amostra: aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, atividade e voto legislativo) e representativa do universo e foi extraída de um sub-universo obtido de forma idêntica. A amostra teve 602 entrevistas efetivas: 293 a homens e 309 a mulheres; 58 no Interior Norte Centro, 79 no Litoral Norte, 107 na Área Metropolitana do Porto, 112 no Litoral Centro, 167 na Área Metropolitana de Lisboa e 79 no Sul e Ilhas; 98 em aldeias, 164 em vilas e 340 em cidades. A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral.

Técnica: Entrevista telefónica por C.A.T.I., tendo o trabalho de campo decorrido nos dias 30 e 31 de março e 1 de abril de 2019, com uma taxa de resposta de 74,7%.

Erro probabilístico: Para o total de uma amostra aleatória simples com 602 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma "margem de erro"- a 95% -de 4,00%).

Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direção técnica de Jorge de Sá e de João Queiroz. 

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