Notícia
Europeias: PSD dispara nas intenções de voto e aproxima-se do PS
No espaço de dois meses, as intenções de voto no PSD, para as eleições europeias, aumentaram quase 10 pontos. Já o PS mantém-se estável face a fevereiro, enquanto Bloco e CDS perdem força. CDU sobe mas não o suficiente para manter três deputados.
Está cada vez mais renhida a disputa entre PS e PSD pela vitória nas europeias de 26 de maio, mostra a nova sondagem da Aximage para o Negócios e o CM.
Os socialistas, cuja lista é encabeçada por Pedro Marques, mantêm os 34,1% das intenções de voto já registados em fevereiro, enquanto a candidatura social-democrata, que é protagonizada por Paulo Rangel, ganha mais de quatro pontos para se fixar nos 29,1%. Esta subida é ainda mais expressiva tendo em conta que na sondagem de janeiro o PSD não ia além de 19,8%. Em apenas dois meses, os sociais-democratas subiram perto de 10 pontos percentuais para um crescimento de quase 50% nas intenções de voto.
Entre os partidos atualmente representados no Parlamento Europeu, além do PSD só a CDU ganha força face ao último estudo de opinião da Aximage. A aliança entre PCP e Verdes sobe quase 1 ponto para 9,2%. Bloco de Esquerda e CDS caem respetivamente para 7,6% e 7,3%. Aliança (2%) e PAN (1,9%) surgem quase empatados.
PS e PSD podem eleger mesmo número de deputados
A correspondência destes números em assentos parlamentares sugere que o PS pode ficar-se pelos oito assentos garantidos em 2018 ou, no melhor cenário, eleger nove deputados. O PSD, que agora detém seis deputados, pode ganhar mais um ou dois mandatos em Estrasburgo.
A CDU não repete o brilharete das últimas europeias, perdendo um dos três eurodeputados. O Bloco garante mais um mandato para eleger os mesmos dois eurodeputados que a CDU e o CDS pode ganhar um deputado ou não ir além do cabeça de lista eleito há cinco anos.
A confirmar a toada favorável ao PSD está a medição à notoriedade dos cabeças de lista. Instados a apontar o nome dos candidatos principais, 24,7% dos entrevistados pela Aximage nomeiam Paulo Rangel, ligeiramente acima dos 23,5% de Pedro Marques. No ranking da notoriedade seguem-se a bloquista Marisa Matias (13,9%), o centrista Nuno Melo (11,2%) e o comunista João Ferreira (4,5%).
FICHA TÉCNICA
Universo: indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com telefone fixo no lar ou possuidor de telemóvel.
Amostra: aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, actividade e voto legislativo) e representativa do universo e foi extraída de um sub-universo obtido de forma idêntica. A amostra teve 600 entrevistas efectivas: 289 a homens e 311 a mulheres; 56 no Interior Norte Centro, 78 no Litoral Norte, 97 na Área Metropolitana do Porto, 116 no Litoral Centro, 170 na Área Metropolitana de Lisboa e 83 no Sul e Ilhas; 99 em aldeias, 163 em vilas e 338 em cidades. A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral.
Técnica: Entrevista telefónica por C.A.T.I., tendo o trabalho de campo decorrido nos dias 9 a 13 de Março de 2019, com uma taxa de resposta de 73,7%.
Erro probabilístico: Para o total de uma amostra aleatória simples com 600 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma "margem de erro" - a 95% - de 4,00%).
Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direcção técnica de Jorge de Sá e de João Queiroz.