Notícia
Europeias 2019: Partidos planeiam gastar mais 17% do que em 2014
Já foram entregues as listas e os orçamentos eleitorais para as Europeias 2019 que se realizam a 26 de maio. Ao todo, os partidos planeiam gastar 4,9 milhões de euros, mais 17% do que em 2014.
Os partidos que concorrem nas eleições europeias deste ano planeiam gastar 4,9 milhões de euros na campanha eleitoral, de acordo com os orçamentos entregues no Tribunal Constitucional até esta segunda-feira, 15 de abril. A estimativa representa uma subida de 17% face ao valor estimado em 2014 (4,2 milhões de euros).
São quase cinco milhões de euros que os partidos pretendem gastar na campanha eleitoral, o que ainda assim fica abaixo dos valores praticados nas legislativas ou autárquicas. Esta despesa divide-se entre agências de comunicação, propaganda, cartazes, comícios, brindes e custos administrativos.
O PS apresenta o maior orçamento com uma despesa de 1,25 milhões de euros, contando com uma subvenção pública de 1,15 milhões de euros e 100 mil euros de angariação de fundos. Na lista segue-se o PSD com 890 mil euros de gastos, que conta com uma subvenção de 790 mil euros e 100 mil euros da contribuição do próprio partido.
De perto segue-se a CDU (coligação do PCP com o PEV), que pretende gastar 850 mil euros. Neste caso, a subvenção esperada é menor (565 mil euros), contando por isso com as contribuições dos partidos (265 mil euros) e a angariação de fundos (20 mil euros) para financiar a despesa.
O quarto maior orçamento é o do BE com 576 mil euros de gastos, contando com uma subvenção pública de 400 mil euros, a angariação de 151 mil euros e 25 mil euros da contribuição do partido.
Surpreendentemente, o quinto lugar é ocupado pelo Basta (coligação do PPM e do PPV/CDC) que planeia gastar 500 mil euros nas Europeias 2019, mesmo sem contar com nenhuma subvenção. A coligação espera angariar 400 mil euros e conta com 100 mil euros de contribuições dos partidos.
Segue-se o Aliança com 350 mil euros de gastos que o partido espera pagar através de uma subvenção do mesmo valor. Ou seja, o partido de Pedro Santana Lopes espera eleger eurodeputados uma vez que só assim terá a possibilidade de receber parte da subvenção pública entregue aos partidos. Tendo como exemplo as eleições das europeias, os partidos só conseguiram eleger eurodeputados a cada cerca de 120 mil votos.
Só depois surge o CDS que conta gastar 312 mil euros, uma despesa que será toda financiada pela contribuição do próprio partido. Os centristas, que atualmente têm um eurodeputado, não fixaram o montante que esperam receber de subvenção pública.
Já o PAN, que elegeu um deputado para a Assembleia da República em 2015, prevê receber subvenção pública assim como o Livre, que tem falhado a eleição em legislativas e europeias. Todos os restantes partidos não contam com essa receita.
Contudo, é preciso ter em conta que, como mostra o exemplo das Europeias 2014, os orçamentos planeados não tendem a corresponder com os orçamentos executados pelas campanhas. O mais habitual é haver mais despesa do que o previsto, como foi o caso do PS e da coligação PSD/CDS em 2014, mas também houve partidos a gastar menos, como foi o caso do Livre.
No máximo, cada partido pode gastar cerca de três milhões de euros. Ao todo serão distribuídos cerca de 4,35 milhões de euros em subvenções públicas, segundo a informação disponibilizada pela Comissão Nacional de Eleições no seu site. Deste valor, 20% é distribuído em partes iguais pelos partidos que tenham conseguido eleger eurodeputados. Os restantes 80% são doistribuídos na proporção dos votos.
Quem gasta mais e em quê?
O PS é o que vai gastar mais em comícios (400 mil euros), o dobro do que planeia gastar o PSD (200 mil euros). O Bloco de Esquerda também aposta nesta ação de campanha, gastando (255 mil euros) mais do que o PSD. Segue-se a coligação Basta com 190 mil euros para comícios e só depois o PCP com 125 mil euros.
O PSD vai apostar mais em propaganda impressa e digital (275 mil euros) assim como a CDU (250 mil euros). O PS planeia gastar 130 mil euros nesse tipo de campanha, mas apostará mais em agências de comunicação e estudos de mercado (250 mil euros), tal como faz a coligação Basta (150 mil euros). Tal contrasta com as poucas verbas destinadas a esse propósito pelos restantes partidos que, no caso da CDU, é mesmo zero euros.
Em termos presenciais, os cartazes continuarão a fazer parte da aposta de todos os partidos. Quanto a brindes, as estratégias divergem entre a aposta em força do PS (110 mil euros), que é o que gasta mais, e a do Bloco de Esquerda que não prevê fazer gastos desse tipo.
Por fim, nos custos administrativos sobressai a despesa planeada pela CDU (250 mil euros), seguida do PSD (170 mil euros), do BE (140 mil euros) e só depois o PS (120 mil euros) e o CDS (100 mil euros).
Esta análise foi feita através da consulta dos orçamentos eleitorais de todos os 17 partidos, à exceção do orçamento eleitoral do partido Nós, Cidadãos que ainda não está disponível na página da ECFP.
São quase cinco milhões de euros que os partidos pretendem gastar na campanha eleitoral, o que ainda assim fica abaixo dos valores praticados nas legislativas ou autárquicas. Esta despesa divide-se entre agências de comunicação, propaganda, cartazes, comícios, brindes e custos administrativos.
De perto segue-se a CDU (coligação do PCP com o PEV), que pretende gastar 850 mil euros. Neste caso, a subvenção esperada é menor (565 mil euros), contando por isso com as contribuições dos partidos (265 mil euros) e a angariação de fundos (20 mil euros) para financiar a despesa.
O quarto maior orçamento é o do BE com 576 mil euros de gastos, contando com uma subvenção pública de 400 mil euros, a angariação de 151 mil euros e 25 mil euros da contribuição do partido.
Surpreendentemente, o quinto lugar é ocupado pelo Basta (coligação do PPM e do PPV/CDC) que planeia gastar 500 mil euros nas Europeias 2019, mesmo sem contar com nenhuma subvenção. A coligação espera angariar 400 mil euros e conta com 100 mil euros de contribuições dos partidos.
Segue-se o Aliança com 350 mil euros de gastos que o partido espera pagar através de uma subvenção do mesmo valor. Ou seja, o partido de Pedro Santana Lopes espera eleger eurodeputados uma vez que só assim terá a possibilidade de receber parte da subvenção pública entregue aos partidos. Tendo como exemplo as eleições das europeias, os partidos só conseguiram eleger eurodeputados a cada cerca de 120 mil votos.
Só depois surge o CDS que conta gastar 312 mil euros, uma despesa que será toda financiada pela contribuição do próprio partido. Os centristas, que atualmente têm um eurodeputado, não fixaram o montante que esperam receber de subvenção pública.
Já o PAN, que elegeu um deputado para a Assembleia da República em 2015, prevê receber subvenção pública assim como o Livre, que tem falhado a eleição em legislativas e europeias. Todos os restantes partidos não contam com essa receita.
Contudo, é preciso ter em conta que, como mostra o exemplo das Europeias 2014, os orçamentos planeados não tendem a corresponder com os orçamentos executados pelas campanhas. O mais habitual é haver mais despesa do que o previsto, como foi o caso do PS e da coligação PSD/CDS em 2014, mas também houve partidos a gastar menos, como foi o caso do Livre.
No máximo, cada partido pode gastar cerca de três milhões de euros. Ao todo serão distribuídos cerca de 4,35 milhões de euros em subvenções públicas, segundo a informação disponibilizada pela Comissão Nacional de Eleições no seu site. Deste valor, 20% é distribuído em partes iguais pelos partidos que tenham conseguido eleger eurodeputados. Os restantes 80% são doistribuídos na proporção dos votos.
Quem gasta mais e em quê?
O PS é o que vai gastar mais em comícios (400 mil euros), o dobro do que planeia gastar o PSD (200 mil euros). O Bloco de Esquerda também aposta nesta ação de campanha, gastando (255 mil euros) mais do que o PSD. Segue-se a coligação Basta com 190 mil euros para comícios e só depois o PCP com 125 mil euros.
O PSD vai apostar mais em propaganda impressa e digital (275 mil euros) assim como a CDU (250 mil euros). O PS planeia gastar 130 mil euros nesse tipo de campanha, mas apostará mais em agências de comunicação e estudos de mercado (250 mil euros), tal como faz a coligação Basta (150 mil euros). Tal contrasta com as poucas verbas destinadas a esse propósito pelos restantes partidos que, no caso da CDU, é mesmo zero euros.
Em termos presenciais, os cartazes continuarão a fazer parte da aposta de todos os partidos. Quanto a brindes, as estratégias divergem entre a aposta em força do PS (110 mil euros), que é o que gasta mais, e a do Bloco de Esquerda que não prevê fazer gastos desse tipo.
Por fim, nos custos administrativos sobressai a despesa planeada pela CDU (250 mil euros), seguida do PSD (170 mil euros), do BE (140 mil euros) e só depois o PS (120 mil euros) e o CDS (100 mil euros).
Esta análise foi feita através da consulta dos orçamentos eleitorais de todos os 17 partidos, à exceção do orçamento eleitoral do partido Nós, Cidadãos que ainda não está disponível na página da ECFP.