Notícia
A um mês das europeias, um terço não sabe a data das eleições
Tradicionalmente marcada pela forte abstenção, quando falta menos de um mês para a eleição para o Parlamento Europeu, 32,5% dos eleitores inquiridos pela Aximage desconhecem que as europeias terão lugar no próximo dia 26 de maio.
A menos de um mês das eleições europeias marcadas para o próximo dia 26 de maio, um terço dos eleitores desconhece a data em que terá lugar o ato eleitoral. De acordo com a sondagem da Aximage para o Negócios e o CM, que foi conduzida entre os dias 13 e 16 de abril, 32,5% dos inquiridos não sabe o dia em que terão de depositar o respetivo voto nas urnas.
No entanto, o estudo de opinião da Aximage permite concluir que à medida que se aproximam as europeias, os portugueses vão ganhando consciência acerca da data das eleições. É que em março praticamente metade dos entrevistados (49,6%) não sabia ou não respondeu quando questionados sobre o dia em que se realiza a eleição para o Parlamento Europeu.
O barómetro da Aximage para as europeias mostra ainda que na segunda metade de abril se regista uma taxa de abstenção de 59,4%. A habitualmente elevada abstenção em europeias, que os eleitores veem como mais distantes, o que faz com que lhes atribuam menor relevância, ajuda a explicar os níveis de desconhecimento dos portugueses acerca da data das eleições.
PSD cada vez mais perto do PS
Aquilo que em janeiro parecia uma vitória anunciada do PS nas eleições do próximo dia 26 de maio, é agora uma disputa renhida com o PSD quando já falta menos de um mês para as europeias.
Na competição mais à esquerda também se verifica uma clara aproximação. Apesar dos pontos de partida distintos verificados em janeiro, com a CDU (coligação eleitoral entre PCP e Verdes) a beneficiar de uma vantagem de 5 pontos percentuais face ao Bloco de Esquerda, as duas candidaturas chegam a abril praticamente empatadas, respetivamente com 8,4% e 8,3% das intenções de voto.
Também osciliante tem sido a variação do CDS, com a lista liderada por Nuno Melo a cair de 8,4% em janeiro para 6,8% na primeira metade de abril e depois recuperar na última quinzena deste mês para os 7,7%.
Ficha técnica
Universo: indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com telefone fixo no lar ou possuidor de telemóvel. Amostra: aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, atividade e voto legislativo) e representativa do universo e foi extraída de um sub-universo obtido de forma idêntica. A amostra teve 612 entrevistas efetivas: 296 a homens e 316 a mulheres; 57 no Interior Norte Centro, 81 no Litoral Norte, 112 na Área Metropolitana do Porto, 108 no Litoral Centro, 172 na Área Metropolitana de Lisboa e 82 no Sul e Ilhas; 100 em aldeias, 162 em vilas e 350 em cidades. A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral. Técnica: Entrevista telefónica por C.A.T.I., tendo o trabalho de campo decorrido nos dias 13 a 16 de abril de 2019, com uma taxa de resposta de 81,3%. Erro probabilístico: Para o total de uma amostra aleatória simples com 600 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma "margem de erro" - a 95% - de 4,00%). Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direção técnica de João Queiroz.