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Passos Coelho: "Não é preciso inventar", agora é tempo de dar estabilidade

Depois de um período de emergência, em que o Governo fez o que foi possível, os portugueses têm agora um limite de possibilidades maior, garantiu Passos. Mas isso não significa que seja preciso inventar – é essencial que o próximo Governo traga estabilidade e previsibilidade.

Paulo Duarte
03 de Junho de 2015 às 23:11
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A apresentação das linhas orientadoras da coligação do PSD e do CDS, esta noite, não serviu para os dois partidos trazerem novidades para o debate público. Foi antes uma oportunidade para reafirmar o que separa a maioria do modelo de governação proposto pelo PS. Portas deu o mote: a coligação apresenta nove garantias "e não um número redondo para parecer bem" e distingue-se dos programas que são um "leilão de promessas, como se se tratasse de vender bacalhau a taco". Passos Coelho haveria de completar: a maioria não precisa de testar as propostas, nem precisa de se "pôr com invenções".

 

A escolha será, de acordo com Passos, entre a estabilidade e a instabilidade. "Aqueles que vão propor aos dois partidos o programa eleitoral têm apenas de se inspirar na estratégia que foi sendo concertada, metodicamente, e saber focar o que é o nosso interesse nos objectivos fundamentais do médio prazo. Não precisam de inventar, os eleitores estão cansados de invenções", afirmou o primeiro-ministro.

 

Paulo Portas já tinha afirmado que "o conceito de garantias" que a maioria optou por seguir nesta apresentação "é diferente" do caminho socialista. "Fazemos deliberadamente escolhas: dizemos aos portugueses aquilo que, com realismo, prudência, mas também esperança, é essencial para os próximos 4 anos".

 

Aliás, os eleitores "desconfiam profundamente de quem quer sempre mudar tudo acreditando na Providência para que tudo acabe por resultar em bem". Já a coligação tem "uma estratégia que o país conhece", porque "temos de olhar para a realidade e adaptar as nossas estratégias aos nossos limites e possibilidades". No fundo, o objectivo é que os próximos quatro anos "sejam anos de segurança, estabilidade e previsibilidade".

 

Passos Coelho prosseguiu na defesa do seu modelo de governação. "O maior elogio que me foi dirigido à guisa de ataque político ocorreu no último debate quinzenal no Parlamento, quando o líder parlamentar do maior partido da oposição se mostrou desencantado por afinal ser tão previsível o que eu lá ia dizer", relembrou, provocando aplausos na plateia.

 

"Que bom para Portugal e os portugueses não terem de viver em sobressalto à espera de novas medidas, de novos desenlaces, sem saber o que podia acontecer, por causa da troika, do Tribunal Constitucional, da oposição, e todos passamos por isso". Mas "não queremos voltar a passar por isso".

 

Segurança e liberdade de escolha

 

Os próximos anos, caso a coligação seja eleita, serão marcados por uma aposta no mar e na economia verde, mas também pela estabilidade em "algumas políticas muito importantes que já iniciámos, na justiça, defesa e segurança". "Foram reformas de fôlego que efectuámos, não vamos revirar o edifício todo ao contrário apenas porque é preciso dizer alguma coisa no programa eleitoral".

 

Passos Coelho prometeu dar segurança e estabilidade igualmente nas áreas sociais, nomeadamente na Educação, Saúde e Segurança Social. Mas nessa matéria, a ideia é também "oferecer progressivamente uma liberdade de escolha maior para todos aqueles que querem procurar a sua escola, o seu centro de saúde, o seu hospital".

 

Em suma, apresentar-nos-emos a um novo mandato com uma estratégia coerente, não para fazer tudo, mas para fazer o que é essencial a um país mais moderno e justo".

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