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Emigrantes em Macau podem fazer tremer vantagem do PSD/CDS (Cor.)

A coligação está com medo dos votos que chegam de fora da Europa, escreve o Observador. É que, se o Nós Cidadãos! roubar um deputado ao PSD, e o PS conseguir atrair o Bloco de Esquerda, o PAN e esta formação passa à frente da maioria.

Bloomberg
Negócios 06 de Outubro de 2015 às 19:25
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Chama-se Nós Cidadãos!, pode ser um elemento desestabilizador destas eleições, relata o Observador. Segundo a publicação, este partido poderá eleger um deputado pelo círculo fora da Europa, roubando-o directamente ao PSD. Se assim for, e o PS mantiver um deputado no círculo da Europa, há a hipótese de os socialistas conseguirem formar uma coligação de partidos que ultrapassem a maioria.

As contas são simples de perceber. Os resultados eleitorais do passado Domingo deram 104 deputados ao PSD/CDS, 85 ao PS, 19 ao Bloco de Esquerda, 17 ao PCP e 1 ao PAN. Falta contudo juntar os deputados que serão eleitos pelos emigrantes, uma informação que só será desvendada dia 14 de Outubro. Ao todo são quatro, dois pelo círculo da Europa e outros dois fora da Europa.

Tradicionalmente, na Europa, PSD e PS ficam com um deputado cada um; e fora da Europa, o PSD amealha os dois deputados – ao todo, o PSD ganha três e o PS um. Ora, se esta distribuição se mantiver, mas o Nós Cidadãos! roubar um deputado ao PSD no círculo fora da Europa, e António Costa conseguir federar vontades com o Bloco de Esquerda, o PAN e o Nós Cidadãos!, então consegue 107 deputados contra os 106 da maioria. Mesmo que não consiga aproximar-se do Nós Cidadãos, mas se una aos outros dois, consegue um empate com a maioria em termos de deputados, o que lhe daria igual legitimidade para se apresentar com um projecto de governo. 

 

São muitos "ses" que terão de se encadear para que tal aconteça, mas, segundo o Observador, o cenário é suficientemente provável para estar a preocupar as hostes social-democratas.

 

O Nós Cidadãos! é um partido liderado por José Pereira Coutinho, presidente da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau, macaense e com nacionalidade portuguesa, que, segundo o Observador, terá mobilizado milhares de novos eleitores. A contrastar com a grande vitalidade do antigo território sob administração portuguesa está o Brasil, de onde os votos poderão não chegar a tempo, devido a uma greve dos correios, o que acabará por prejudicar também a direita. 

(Correcção: José Pereira Coutinho é macaense com nacionalidade portuguesa e não emigrante. Ao visado as nossas desculpas)

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