No seu último discurso na Assembleia da República, Aníbal Cavaco Silva deverá argumentar em favor de algum tipo de acordo pós-eleitoral, que garanta um governo estável para os próximos quatro anos.

Ao longo deste segundo mandato presidencial, a estabilidade governativa tem sido uma das principais mensagens de Cavaco Silva. O facto de haver eleições presidenciais pouco tempo depois das legislativas é um factor de ainda maior preocupação e uma possível ameaça à estabilidade que o Presidente da República tanto deseja.

O jornal refere que Cavaco Silva antecipa que nem PS nem PSD/CDS consigam ter maioria absoluta nas eleições, o que pode colocar ambos os partidos num impasse.

Com o Presidente impedido de usar o seu poder para dissolver a Assembleia da República nos últimos seis meses e nos primeiros seis meses do mandato, essa indefinição governativa pode colocar o país em stand-by durante alguns meses.