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Decisão do PSD sobre coligação com CDS-PP será levada a Conselho Nacional extraordinário

O presidente do PSD declarou na terça-feira à noite que quando houver uma decisão sobre uma eventual coligação com o CDS-PP para as legislativas o tema será levado a um Conselho Nacional extraordinário, disseram à Lusa fontes sociais-democratas.

Miguel Baltazar
15 de Abril de 2015 às 01:24
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Pedro Passos Coelho deu esta informação aos conselheiros nacionais do PSD durante uma reunião de carácter ordinário deste órgão máximo partidário entre congressos, que decorre num hotel de Lisboa, tendo como pontos na agenda "informações" e "análise da situação política".

 

De acordo com relatos feitos à agência Lusa, no seu discurso inicial, o também primeiro-ministro avisou que não iria dar "novidades" sobre esta matéria, e disse que é preciso decidir se o PSD se coliga com o CDS-PP antes das legislativas deste ano, ou depois dessas eleições, referindo que o ideal era os sociais-democratas não necessitarem dos centristas para terem maioria absoluta para governar.

 

Na sua intervenção, segundo dirigentes nacionais do PSD, Passos Coelho remeteu a questão das presidenciais para mais tarde e reiterou a intenção de vir a diminuir os custos do trabalho para as empresas, referindo que uma futura descida da Taxa Social Única (TSU) não será feita à custa da subida do valor pago pelos trabalhadores, como alegou o PS.

 

O chefe do executivo PSD/CDS-PP reintroduziu este tema na agenda política na semana passada, apontando a redução dos custos do trabalho para as empresas como uma reforma por fazer e afirmando que a quer concretizar nos próximos anos, com o apoio da União Europeia, com o objectivo de aumentar o investimento e o emprego.

 

Numa conferência sobre investimento, na quinta-feira, em Lisboa, Passos Coelho considerou que "hoje o custo do trabalho para as empresas ainda é muito elevado", acrescentando: "Essa foi talvez a única importante reforma que não conseguimos completar neste domínio fiscal durante estes quatro anos. Mas será um objectivo seguramente para cumprir nos próximos anos".

 

Na terça-feira, no final de uma reunião com o Governo no Ministério das Finanças, o porta-voz do PSD, Marco António Costa, defendeu que "a redução da TSU [para as empresas] é uma medida para construir em concertação social e diálogo social, para criar condições para criar mais emprego".

 

De acordo com Marco António Costa, a medida que está a ser trabalhada "é muito diferente" da proposta lançada em 2012. O vice-presidente e coordenador da Comissão Política Nacional do PSD admitiu que uma redução da TSU possa causar uma quebra nas contribuições para a Segurança Social, mas sustentou que isso seria compensado por via da criação de emprego.

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